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Jardim Vale Verde

Sema embarga 213 moradias erguidas sobre nascentes

Redação Bonde
11 abr 2007 às 10:41

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A Prefeitura de Londrina, por meio da Secretaria do Ambiente (Sema) divulgou na noite desta terça-feira (10) aos moradores dos jardins Vale Verde - que fica nos fundos do Parque Arthur Thomas, na região leste da cidade -, e Loris Sahyun, localizado ao lado do Vale Verde, o embargo de 213 imóveis residenciais cosntruídos sobre Área de Preservação Permanente nas várzeas de alagamento do Córrego Inhambu.

Segundo a Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Sema), dos 250 terrenos analisados, 111 estão em áreas de nascentes e várzeas, 76 em áreas de preservação e 63 em locais aparentemente livres. Não foram liberados ainda 26 lotes do Jardim Loris Sayhun, ao lado do Vale Verde, porque há suspeita de que áreas secas também apresentam problemas quando o solo é perfurado.

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Documentos públicos obtidos pela ONG Mae (Meio Ambiente Equilibrado) em cartórios apontam que a empresa Urbanizadora Nacional, responsável pelo loteamento do Vale Verde em 1978, tinha entre seus sócios os ex-prefeitos de Londrina Wilson Moreira e José Richa, além do atual presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina (Ippul), João Bortolotti. Este último também era diretor técnico da empresa de consultoria que, em fevereiro de 1978, pediu - e conseguiu - a liberação do empreendimento ao então prefeito Antônio Belinati (PP).

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A documentação mostra ainda que em 1986 todas as cotas da loteadora foram transferidas à Construtora Abussafe. Hoje, a área é um autêntico brejo. As casas "flutuam" sobre o córrego, as infiltrações são gravíssimas, os imóveis muito úmidos, e minas d'água brotam dos pisos das moradias. Há despejo de esgoto in natura e o Córrego Inhambu, que deságua no Parque Arthur Thomas, está comprometido. Do loteamento, só 37 imóveis ficaram fora da área alagada e não foram embargados. Os demais não poderão ser comercializados e nem receber qualquer reforma.


De acordo com o titular da Sema, Gerson da Silva, os terrenos identificados terão o embargo mantido pela prefeitura, que não vai permitir construções em lotes que estão vazios; paralisar construções que estejam em andamento e eventuais reformas que impliquem em aumento da área construída nos lotes construídos.

A partir de segunda-feira (dia 16) os proprietários serão notificados para que possam fazer a defesa, também, junto à secretaria. A loteadora também poderá serl alvo de ação judicial dos moradores.


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