O Corpo de Bombeiros esteve no Residencial Cancun III, na zona norte de Londrina, no final da manhã desta sexta-feira (3), a pedido do Ministério Público Federal. O MPF analisa procedimento administrativo, protocolado pelos moradores do condomínio, que aponta uma série de irregularidades estruturais.
Segundo o processo, os prédios relativamente novos, concluídos em fevereiro de 2009, apresentam rachaduras, infiltrações e estalos. A vistoria feita nesta segunda também constatou problemas em desníveis, propícios para desmoronamentos, e nas centrais de gás. "O sistema, fora das normas e com tubulações enferrujadas, foi instalado perto dos estacionamentos. O risco de explosão é grande", alertou o chefe do setor de Vistorias do Corpo de Bombeiros em Londrina, tenente René Augusto de Oliveira.
Os bombeiros devem voltar ao residencial para uma vistoria mais detalhada ainda nesta semana. A corporação vai contar com a ajuda de técnicos da Defesa Civil. Depois disso, os laudos serão enviados para o Ministério Público Federal e para a imobiliária responsável pelo residencial. "Não temos o poder de decretar a interdição dos prédios, mas podemos recomendá-la ao MPF. A chance de que isso aconteça é grande", contou.
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Os moradores vivem no Residencial Cancun III há pouco mais de dois anos. Eles foram contemplados pelo Programa de Arrendamento Residencial do Governo Federal. A Caixa Econômica, responsável pelo convênio com os beneficiados, ainda não se manifestou sobre os problemas. "Entramos em contato por e-mail, pela ouvidoria, mas até agora nada. Estamos assustados. Foi por isso que apelamos junto ao Ministério Público", afirmou o morador Luciano Andrean.