Amanhã é o Dia Nacional de Combate ao Fumo e a Folha traz uma boa notícia para os fumantes: parar de fumar é prazeiroso. É o que garantem duas londrinenses especialistas no assunto que desenvolveram um programa de abandono ao tabagismo, cujo enfoque não são os malefícios provocados pelo vício mas sim os benefícios conseguidos quando se apaga o último cigarro.
Outra opção para os que pretendem abandonar os vícios é o ''I Fórum Londrinense de Combate ao Tabaco e Álcool'', evento gratuito que acontece nesta sexta-feira na sede do Sesc em Londrina.
Ana Luiza Oliveira Prado Souza, mestre em programas antitabagismo, e Andréa Carraro Badin, odontóloga e fisiologista, desenvolveram o programa de abandono ao tabagismo com acompanhamento científico fazendo pesquisa em centros importantes como a Santa Casa de São Paulo, Instituto do Câncer (Inca), Instituto do Coração (Incor) e Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Descobriram que 80% dos fumantes querem deixar o vício, mas apenas 3% alcançam êxito sem ajuda profissional.
A mortalidade em decorrência do fumo já transformou o vício em uma epidemia. No mundo, cinco milhões de pessoas morrem anualmente por causa do cigarro. No Brasil, o número de mortes gira entre 200 mil e 300 mil por ano.
As estatítisticas são alarmantes mas elas não têm lugar nas reuniões das especialistas. ''O diferencial do tratamento é que enfocamos os benefícios obtidos ao se parar de fumar'', apontam. ''O programa visa a auxiliar o fumante a parar de fumar e que seja um processo definitivo e prazeiroso ao paciente'', completam.
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Os ganhos são sentidos a partir dos 20 minutos após se apagar o cigarro. O paciente ainda recebe orientações sobre exercícios físicos que ajudam atingir os resultados esperados.
O tratamento tem duração de um ano - dividido em 10 reuniões - e utiliza dois métodos: estimulação do conhecimento sobre os aspectos que envolvem o ciclo vicioso da dependência da nicotina; terapia medicamentosa, com reposição de nicotina com adesivos e uma droga auxiliar de última geração - o Ziban - sem efeitos colaterais. ''É preciso deixar claro que o tabagismo é uma doença e precisa ser tratada como tal'', lembrou Ana Luiza. O custo mensal do tratamento gira em torno de R$ 35,00.
Enquanto refletem sobre o tratamento, os fumantes de Londrina terão amanhã à noite uma boa oportunidade para começar a lutar contra o vício. A 17ª Regional de Saúde em parceria com o Sesc realizam o primeiro fórum de discussão de combate ao tabagismo e ao alcoolismo.
O evento começa às 19 horas, é gratuito e aberto à comunidade. A psicóloga e coordenadora regional do Programa de Controle do Tabagismo e outros fatores de risco do câncer, Maria Madalena Lanssoni, destaca que haverá discussões focando as consequências do consumo de cigarro para a saúde e os benefícios quando se abandona o vício.