O treinador londrinense Richards Moura é um dos participantes da nova temporada do reality show 'Largados e Pelados'. O programa estreia nesta quinta-feira (29) na Max (ex-HBO Max), a nova plataforma de streaming da Warner Bros, e dia 3 de março no canal Discovery.
Dono da R80, empresa especializada em prestar assessoria esportiva, Richards acumula aventuras em seu currículo, como a escalada do Monte Elbrus (montanha mais alta da Europa), localizado na Rússia, e a subida ao Monte Kilimanjaro (montanha mais alta da África), na Tanzânia.
Após se inscrever no processo seletivo, ele considera que esses feitos tenham sido a peça chave para se destacar entre os mais de 20 mil inscritos. Os participantes precisam passar por diversas provas e entrevistas antes de serem selecionados, demonstrando que têm habilidades de sobrevivência e capacidade mental para participar do programa.
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Com 41 anos, o empresário, treinador e palestrante, que nunca quis participar de nenhum reality antes, decidiu se inscrever no Largados e Pelados "porque queria realmente viver a experiência da sobrevivência, queria passar pelas dificuldades e tentar tirar o máximo possível de aprendizado".
Para ele, ter a oportunidade de participar do programa era um sonho distante que ele achava impossível alcançar. "Uns oito anos atrás, meu inconsciente via isso como algo impossível, que eu nunca ia chegar no ponto de ter essa oportunidade. Então, participar do 'Largados e Pelados' era pra mim um sonho, mesmo."
Nesta temporada, o programa será dividido em sete episódios, cada um acompanhando uma dupla de participantes, enquanto eles enfrentam os desafios e dificuldades para sobreviver no Gran Chaco argentino, local conhecido por seu bioma imprevisível e com uma amplitude térmica severa, com dias extremamente quentes e noites muito frias.
Dificuldades demais e roupas de menos
Com a estreia nesta quinta, o público pode esperar assistir "uma luta, muitas dificuldades e coisas surreais que as pessoas nem acreditam que o ser humano pode passar". Richards descreve a experiência como o desafio mais difícil da sua vida.
Além do desafio
climático, o local ainda apresenta obstáculos na forma de predadores
como onças, piranhas e jacarés, tornando a sobrevivência dos
participantes ainda mais complicada. Apesar de ter feito uma preparação
física intensa, com privação de sono e comida, treinos com facas, arco e
flecha, armadilhas e caça, Richards diz que o maior desafio não é a
capacidade física, e sim a mental, já que "é isso que vai levar ele
[participante] pro dia seguinte no programa".
Com tantos problemas e obstáculos a serem enfrentados, a falta de roupas se torna algo insignificante. Richards afirma que "quando você se depara com o desafio de ficar num lugar desse, que chamam de inferno verde, realmente você esquece que está pelado".
A afirmação vale apenas para o período diurno, já que, durante a noite, a falta de ter com o que se cobrir adiciona uma nova dificuldade para o desafio. Com as baixas temperaturas, o risco do participante acabar tendo problemas com hipotermia é muito alto.
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Motivação e reconhecimento nas ruas
Como o primeiro paranaense a participar do programa, o treinador usava Londrina como uma motivação, junto com sua família e amigos, para continuar. "A minha força era muito grande, eu vejo Londrina como muito grande, então a minha força era essa. Eu quero que as pessoas assistam [...] e que de certa forma elas passem a ser pessoas melhores através do que elas vão assistir."
Roberta Pistun, esposa de Richards, conta que apesar de já estar de certa forma acostumada com a distância quando seu marido está vivendo suas aventuras, a participação no reality trouxe um mix de sentimentos.
Durante as gravações, ela não recebeu nenhum tipo de atualização sobre seu bem estar, e os dois tiveram zero contato. Apesar disso, sempre manteve sua confiança de que ele estava bem. "Enquanto ele estava no desafio eu não recebi nenhuma notícia. É lógico que isso gera uma aflição, uma ansiedade de saber como ele está, mas eu sabia que ele estava muito bem, porque eu confio demais na preparação dele, nessa força mental e controle emocional que ele tem".
Agora, com o anúncio de sua participação no programa, ela conta que tem vivido uma onda de pessoas se aproximando, curiosas e com a expectativa de saber como foi. Com as pessoas que não conheciam o treinador, houve um aumento de interesse em acompanhar sua trajetória e entender porque ele escolheu participar.
Para Richards, a reação do público e, principalmente, dos
moradores de Londrina, tem sido muito gratificante. Ele conta que as
pessoas se aproximam na rua demonstrando um orgulho e querendo saber
mais sobre sua experiência. "Só isso já vale a pena todo o esforço que
eu passei lá."
Apesar de toda a participação ser extremamente sigilosa, o treinador garante que é tudo muito real, que os participantes não recebem nenhum tipo de ajuda da produção. "A meta é sobreviver por 21 dias com você mesmo se ajudando e se virando. Você não tem nada, nenhuma estrutura, não tem uma ajuda, uma palavra."
Mesmo
sabendo de toda a dificuldade e dos desafios que iria enfrentar,
Richards justifica sua participação com a vontade "me testar, pra ver se
sou uma pessoa forte, pra ver o quanto eu ia conseguir e voltar uma
pessoa melhor".
No Max, quatro episódios estarão disponíveis no dia do lançamento e depois um por semana, já no Discovery, a estreia acontece inicialmente com dois episódios e depois com lançamentos semanais.
(*Sob supervisão de Luís Fernando Wiltemburg)