Sacos pretos nos portões das casas, faixas destacando a indignação fincadas na praça Nishinomiya, mas que têm sido arrancadas por terceiros. É assim que os moradores dos jardins Aeroporto e Albatroz têm protestado contra os transtornos gerados pelas obras de ampliação do aeroporto Governador José Richa, na zona leste de Londrina. “Nós estamos ‘dentro da obra’. É insustentável”, definiu a advogada Valeria Cristina dos Santos.
Os vizinhos listam uma série de problemas que estariam sendo provocados pelas melhorias e sem mitigação, como a falta de lona nos caminhões carregados com terra, a sujeira deixada nas ruas do entorno, terra indo para a rede de galerias pluviais, poluição sonora, inexistência de muro de contenção para “segurar” o aterramento em dias de chuva e o mato alto nas áreas desapropriadas.
Na semana passada, a água barrenta invadiu a casa de um homem em forma de enxurrada. Ele perdeu objetos e o piso laminado, que ficou encharcado. “Existem casas que estão apresentando rachaduras, com fissuras em paredes, no teto. Tem gente que conseguiu fazer laudo, mas não são todos que têm essa condição”, comentou a biomédica Jenny dos Santos Dafonte.
Leia mais:
Projeto ''Sextou na Concha Acústica'' abre inscrições para seleção de bandas em Londrina
Interligações em redes podem afetar abastecimento de água em bairros de Londrina
Prefeitura de Londrina aumenta prazo de obra e duplicação da Octávio Genta fica para 2025
Fórum Desenvolve Londrina apresenta indicadores e pesquisa de percepção
O poeirão é outro alvo de reclamação. “As pessoas estão ficando doentes com a poeira. Até o ar está carregado. Quando não chove é possível ver as partículas de terra. Está difícil até de contratar alguém para limpar, porque limpa de manhã, a tarde está tudo sujo novamente. Roupa tem horário para colocar no varal. É um bairro onde vivem muitos idosos”, contaram. As duas são integrantes da associação dos moradores.
Em algumas residências os proprietários estão colocando lonas no piso interno para evitar a sujeira. “Queremos respeito e que seja cumprido o que está no contrato. Existe um documento falando das medidas (a serem adotadas) no entorno, justamente para diminuir os transtornos. O caminhão com terra, por exemplo, precisa estar com lona de proteção e isso não acontece”, apontou Valéria.
CONTINUE LENDO NA FOLHA DE LONDRINA