Um acordo entre um grupo de 40 moradores de Palmeiras e a Concessionária Caminhos do Paraná (CCR) pôs fim ao bloqueio da rodovia BR-277 por volta do meio-dia desta terça-feira (6). Os manifestantes estavam no local desde às 19h desta segunda-feira (5) impedindo a passagem de veículos no km 184 nos dois sentidos da rodovia, em Palmeira.
Manifestantes e direção da CCR irão se reunir às 14h de hoje em Irati para discutir as reivindicações dos moradores de Palmeira.
Os manifestantes querem a colocação de redutores de velocidade neste trecho da rodovia em razão da morte de três pessoas, vítimas de atropelamento, uma registrada no domingo (4) e duas na segunda-feira (5). O bloqueio da rodovia continua sendo feito com a queima de madeiras e pneus.
Leia mais:
Defesa Civil do Paraná alerta para risco de fortes tempestades de sábado até segunda
Matrículas da rede estadual do Paraná para 2025 encerram nesta sexta-feira
Motorista morre e passageiro se fere em capotamento em Pérola
Passageiro de van morre em colisão contra base de concreto em Engenheiro Beltrão
De acordo com a assessoria de imprensa da Concessionária Caminhos do Paraná (CCR), que administra a rodovia, funcionários da empresa passaram a noite toda de ontem e a manhã de hoje tentando conscientizar os motoristas para que tomassem rotas alternativas em função do bloqueio. O trabalho de contenção de veículos foi realizado em oito pontos da rodovia, sendo três deles em locais principais: no trevo do Distrito de Relógio, próximo a Prudentopólis, no trevo de Irati e no viaduto com a PR-151, no município de Palmeira.
Mortes
Somente na segunda-feira (5) dois acidentes com mortes foram registrados neste trecho. O primeiro ocorreu por volta das 10 horas e vitimou o motociclista José Amâncio, de 60 anos, em uma colisão contra um veículo. No final da tarde, mais uma morte. A pedestre Júlia Lino dos Santos, de 40 anos, morreu a apenas 800 metros de distância do primeiro acidente ao ser atropelada por um veículo.
A Caminhos do Paraná está se comprometendo realizar um estudo de viabilidade de redutores no local mas adverte que uma medida deste tipo só poderá ser tomada juntamente com o Departamento de Estradas e Rodagem (DER). A assessoria da empresa frisou ainda que nenhuma medida irá ser tomada emergencialmente pois o caso exige estudos até porque é preciso verificar as restrições do Código de Trânsito.