A Comissão Pró - Usina Termelétrica de Figueira (125 quilômetros de Jacarezinho) realiza, nesta quinta-feira, às 16h, um ato público com 2 mil pessoas para reivindicar a manutenção e ampliação da usina.
A organização prevê a paralisação dos órgãos públicos a partir das 15h e, em seguida, a realização de uma passeata e de um culto ecumênico. Uma decisão do conselho deliberativo da Companhia Paranaense de Energia Elétrica (Copel), publicada no último dia 27, determina a interrupção das atividades da usina.
Os manifestantes alegam que o setor do carvão gera 300 empregos diretos e que o fechamento vai comprometer sócio - economicamente todo o município. A estimativa dos membros da comissão é de que uma parcela de 25% da população pode deixar o município.
Leia mais:
Do CEEBJA à universidade: idosos de Londrina comemoram vaga no ensino superior
Defesa Civil do Paraná alerta para risco de fortes tempestades de sábado até segunda
Matrículas da rede estadual do Paraná para 2025 encerram nesta sexta-feira
Motorista morre e passageiro se fere em capotamento em Pérola
Figueira tem, segundo o IBGE, 9 mil habitantes e a principal atividade do município é a extração de carvão. A Carbonífera Cambuí Ltda é responsável pela extração e transporte do carvão e utiliza toda a produção para abastecer a usina.
O fechamento da usina teria reflexos no comércio em geral e provocaria o fechamento da carbonífera Cambuí. As duas empresas, segundo os membros da comissão, respondem pela maior parte da arrecadação do município.
O presidente do sindicato dos trabalhadores na indústria da extração de carvão do Estado do Paraná, Jacob Kmita, discorda da alegação da Copel de que a usina é inviável e afirma que a repotenciação da usina viabilizaria o empreendimento.
Ele aposta no empobrecimento do município, caso a interrupção seja confirmada, e prevê reflexos negativos nos municípios de Sapopema, Curiúva e Ibaiti.
O engenheiro de minas e responsável pelas operações da carbonífera Cambuí, Nilo Schneider, admitiu que a atual usina utiliza tecnologia ultrapassada, mas avalia que a repotenciação, além de aumentar a capacidade de geração de energia de 20 MW para 125 MW e manter os postos de trabalho, seria uma alternativa estratégica para o governo em caso de deficiência no setor hidrelétrico de geração de energia. ''Há possibilidade de crises no setor, então, a usina termelétrica de Figueira serve como um seguro '',valia o engenheiro.