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Ato público em Figueira pede a manutenção de Usina Termelétrica

Redação - Folha de Londrina
09 abr 2003 às 18:50

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A Comissão Pró - Usina Termelétrica de Figueira (125 quilômetros de Jacarezinho) realiza, nesta quinta-feira, às 16h, um ato público com 2 mil pessoas para reivindicar a manutenção e ampliação da usina.

A organização prevê a paralisação dos órgãos públicos a partir das 15h e, em seguida, a realização de uma passeata e de um culto ecumênico. Uma decisão do conselho deliberativo da Companhia Paranaense de Energia Elétrica (Copel), publicada no último dia 27, determina a interrupção das atividades da usina.

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Os manifestantes alegam que o setor do carvão gera 300 empregos diretos e que o fechamento vai comprometer sócio - economicamente todo o município. A estimativa dos membros da comissão é de que uma parcela de 25% da população pode deixar o município.

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Figueira tem, segundo o IBGE, 9 mil habitantes e a principal atividade do município é a extração de carvão. A Carbonífera Cambuí Ltda é responsável pela extração e transporte do carvão e utiliza toda a produção para abastecer a usina.

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O fechamento da usina teria reflexos no comércio em geral e provocaria o fechamento da carbonífera Cambuí. As duas empresas, segundo os membros da comissão, respondem pela maior parte da arrecadação do município.


O presidente do sindicato dos trabalhadores na indústria da extração de carvão do Estado do Paraná, Jacob Kmita, discorda da alegação da Copel de que a usina é inviável e afirma que a repotenciação da usina viabilizaria o empreendimento.


Ele aposta no empobrecimento do município, caso a interrupção seja confirmada, e prevê reflexos negativos nos municípios de Sapopema, Curiúva e Ibaiti.

O engenheiro de minas e responsável pelas operações da carbonífera Cambuí, Nilo Schneider, admitiu que a atual usina utiliza tecnologia ultrapassada, mas avalia que a repotenciação, além de aumentar a capacidade de geração de energia de 20 MW para 125 MW e manter os postos de trabalho, seria uma alternativa estratégica para o governo em caso de deficiência no setor hidrelétrico de geração de energia. ''Há possibilidade de crises no setor, então, a usina termelétrica de Figueira serve como um seguro '',valia o engenheiro.


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