A falta de segurança tomou conta da Penitenciária Central do Estado, em Piraquara (Região Metropolitana de Curitiba), uma das unidades do sistema penitenciário, que deveria ser de "segurança máxima". Na manhã desta segunda-feira, briga entre presos deixou saldo de quatro mortos. Um dos presos, depois de morto a estocadas, teve o corpo queimado. Do começo do ano até agora, nove detentos foram mortos dentro da PCE.
O primeiro homicídio aconteceu no pátio do presídio, por volta das 10 horas da manhã. Cláudio Santos Tavera, 24 anos, foi morto com golpes de estoque (arma de fabricação artesanal) por Mário Machado Pereira, 21 anos. Tavera já havia cumprido seis anos e meio dos 13 anos a que tinha sido condenado por homicídio qualificado. Pereira estava preso por roubo e porte ilegal de arma e cumpria pena de 11 anos e quatro meses.
De acordo com o delegado de Piraquara, Darci Pacheco, em depoimento Pereira afirmou que matou Tavera porque ele se recusou a assumir a autoria de um homicídio que estava sendo planejado.
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Dois presos participaram dos outros três assassinatos, que aconteceram na cela 14 da penitenciária. Edson Amadeu Ferreira de Lima, 42 anos, preso por assalto, e José Pereira da Silva, 28 anos, preso por roubo, assalto e ato libidinoso. Foram vítimas Avalcir Ribas, 29 anos, condenado a 21 anos por assalto, dos quais já havia cumprido mais de 10 anos, Orlando de Oliveira, 29 anos, preso por estupro, há mais de 9 anos na PCE, e Sílvio Tomaz da Silva, 27 anos, condenado a seis anos e meio por furto, dos quais já havia cumprido 5,8 anos. Este último foi colocado em cima do colchão e ateado fogo.
O coordenador do Departamento Penitenciário (Depen), Pedro Marcondes, afirmou que apesar de não ser uma situação ideal, vê as mortes dentro da PCE com "razoável normalidade", tendo em vista acontecerem num ambiente onde estão 1,4 mil presos.
Leia mais em reportagem de Andréa Lombardo, na Folha do PAraná/Folha de Londrina desta terça-feira