A dona de casa Vera Lúcia Bittencourt Crovador está reivindicando na Justiça parte do valor dos aluguéis das casas deixadas pelo marido e advogado criminalista Luiz Renato Crovador.
Vera foi condenada semana passada pelo Tribunal do Juri, em Curitiba, a 17 anos de prisão pelo crime de ter mandado matar o marido.
Crovador foi assassinado no dia 3 de novembro de 1999. O inventário dos bens do criminalista tramita no cartório da 10ª Vara Cível de Curitiba e tem como inventariante nomeado o filho mais velho do casal, Rodrigo Crovador, 23 anos.
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''Ele, como inventariante, tem feito de tudo para que a mãe nada receba dos valores dos aluguéis das propriedades deixadas pela vítima. Ele tem recebido quase que o valor total'', acusou o advogado Osmann de Oliveira, que defende Vera Lúcia. Ele pediu documentos para saber o valor total recebido pelos aluguéis.
A viúva tem mantido a casa onde mora com R$ 2 mil recebidos por determinação judicial, depois da reclamação oficial feita por Oliveira.
Os depoimentos dos filhos Rodrigo e Rafael, 21 anos, contra a mãe foram fundamentais para a condenação de Vera Lúcia.
A briga intensificada no Tribunal de Júri pode ter como papel de fundo o inventário de Crovador.
O criminalista deixou uma herança de mais de R$ 790 mil para a família. A partilha dos bens somente será feita após decisão final da Justiça. Ela aguarda em liberdade até o julgamento do recurso contra a condenação.
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