Parcerias entre Organizações Não Governamentais (Ongs), educadores, prefeituras e Governo do Estado na educação de jovens e adultos estão conseguindo reduzir o analfabetismo no Paraná, conforme a Chefe do Departamento de Educação de Jovens e Adultos da Secretaria Estadual da Educação, Regina Alegro. Cerca de 11,1% da população do Paraná com mais de 15 anos era analbafeta em 1996, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). "A expectativa é que o Censo 2000 aponte que apenas 7% dos paranaenses acima desta idade não possuam escolaridade graças as ações desenvolvidas", disse ela.
Todas as políticas públicas adotadas pelos municípios, bem como a possibilidade de integração entre os projetos de alfabetização promovidos por outras instituições foram debatidas no 2º Congresso Intermunicipal de Alfabetização e Cidadania, em que participaram mais de 300 pessoas ligadas a educação.
O atendimento descentralizado entre jovens e adultos é feito em 604 estabelecimentos de 268 municípios do Estado. São 23.589 alunos matriculados no ensino fundamental (1ª a 4ª série), 883 turmas e 942 professores. Este ano o Governo do Estado está investindo 83,4 milhões na educação de Jovens e Adultos.
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De acordo com a diretora da Associação Difusora de Treinamentos e Projetos Pedagógicos (Aditepp), Cristina Simião, graças às parcerias, 17 mil pessoas foram atendidas pela Ong desde a sua criação, há cinco anos. Este ano, 1.200 adultos (entre 14 e 80 anos) foram alfabetizados e 3.200 leigos foram capacitados como professores voluntários pela Ong.
A diretora explicou que a alfabetização desenvolvida pela associação é informal. "As aulas são dadas em associações de moradores e igrejas em todo o Sul do País e no Mato Grosso do Sul. Agora pretendemos estender o trabalho para o interior do Paraná", contou. Para ela, a educação está sendo utilizada como instrumento de desenvolvimento da cidadania.
É o exemplo da comerciante Maria Náder, de 47 anos. Ela, que é professora voluntária há um ano, está alfabetizando seis alunos na faixa etária de 60 a 80 anos."É gratificante poder ensinar um pouco do que aprendi. Fico feliz de ver o semblante de alegria deles ao descobrir as palavras".