O delegado Neilor de Lima, da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente, ouve hoje, depoimento de Sérgio Stam, proprietário do Auto Posto Saguaru, que fica às margens da BR-277, em Campo Largo. Há suspeitas de que o vazamento de óleo que contaminou o Rio Verde, provocando a paralisação no fornecimento de água para parte do município de Campo Largo no final de janeiro, tenha origem no posto. Sérgio Stam garante que não foi constatado nenhum problema no sistema de tanques do posto na semana passada. "Técnicos dos órgãos de meio ambiente estiveram aqui e a vistoria não registrou nenhum foco de vazamento", diz.
Segundo o proprietário do posto, muitas carretas ficam estacionadas no pátio e o óleo pode ser saído de um caminhão tanque. "Mas não há como provar que isso realmente tenha acontecido", afirma. O posto Saguaru está em funcionamento desde 1981 e, segundo seu proprietário, nunca foi registrado vazamento de produto poluente que causasse danos ao meio ambiente.
A quantidade de óleo diesel que chegou ao Rio Verde no diz 27 de janeiro foi pequena e não chegou a causar danos ambientais de relevância. O abastecimento ficou suspenso por conta do cheiro e gosto que ficaram na água da estação de tratamento de Cercadinho. Cerca de 40 mil habitantes de Campo Largo tiveram o fornecimento de água interrompido durante toda a semana retrasada.
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O prazo para a polícia concluir o inquérito é de no mínimo 30 dias. Depois, os resultados das investigações serão enviados à Promotoria do Meio Ambiente, que é responsável por fazer a denúncia dos acusados à Justiça. Pela lei de proteção ao meio ambiente, responsáveis por poluição hídrica podem ser condenados a uma pena de reclusão que varia de um a quatro anos, além do pagamento de multa. Mas no caso de Campo Largo há o agravante da interrupção do fornecimento de água à população devido a contaminação de mananciais, o que pode aumentar a pena em um ano.