Um foco de anemia infecciosa em um haras na Cidade Industrial de Curitiba (zona oeste da Capital) obrigou a Polícia Militar a retirar da região dez cavalos utilizados no policiamento de locais públicos. Os animais viviam há cerca de dois anos e meio em um destacamento de cavalaria instalado no Parque dos Tropeiros, área pertencente à prefeitura.
Os cavalos foram retirados há dez dias, quando o foco da doença no haras - uma propriedade particular - foi detectado. A anemia infeciosa é uma doença incurável, provocada por vírus e transmitida por insetos hematófagos (que se alimentam de sangue), depois de picar um animal infectado. Não há tratamento e nem vacina. Os animais doentes devem ser sacrificados.
Segundo Maria Auxiliadora Lopes, veterinária da Secretaria Estadual de Agricultura, anualmente são verificados no Estado pelo menos dois focos da anemia infecciosa. Ela afirmou que, neste ano, o número deverá aumentar, devido a ocorrências na Região Metropolitana de Curitiba. A doença não é transmissível ao ser humano.
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"Adotamos uma medida preventiva, para evitar que animais valiosos pertencentes ao Estado corressem algum risco", disse ontem o major Esaú Borges de Sampaio, comandante interino do Regimento de Polícia Montada Coronel Dulcídio. Cada um dos 106 cavalos da PM paranaense vale cerca de R$ 1,5 mil.
Os animais retirados do Parque dos Tropeiros foram levados para o Regimento Coronel Dulcídio, localizado no bairro Tarumã (região leste de Curitiba), onde fica o restante da tropa, à exceção de pequenos grupos utilizados em cidades do interior do Estado, como Londrina, Arapongas e Guarapuava.
Exames de sangue realizados no dia da retirada do parque e dois dias depois comprovaram que os cavalos da PM não estão contaminados pela anemia infecciosa. A corporação possui certificado de isenção da doença. Apesar dos exames negativos, os dez cavalos estão de quarentena, em uma área isolada dos demais.
Os cavalos da PM são utilizados principalmente no policiamento em locais de difícil acesso de veículos, como parques."Trabalham" seis horas por dia. Em locais muito distantes, eles são transportados em uma carreta. No regimento, são mantidos em cocheiras e alimentados com alfafa e ração.