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De cara limpa

Cidades paranaenses criam leis "anticapacete'

Fernando Rocha Faro - Folha de Londrina
21 jul 2009 às 09:05

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- Marcos Zanutto/Equipe Folha
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Uma dupla de motociclistas invade um estabelecimento comercial para assaltar. Protegidos pelos capacetes, os criminosos não são identificados e permanecem livres, apavorando a população local. Essa ‘notícia’ poderia fazer referência praticamente a qualquer cidade, uma vez que o método está disseminado no País.

Para conter esse tipo de crime, municípios e estados estão criando leis para tentar impedir o acesso de motociclistas com capacetes a locais públicos ou particulares de livre circulação. Uma das iniciativas mais recentes é a da Câmara Municipal de Ibiporã (Norte). Um projeto da vereadora Maricélia Soares de Sá já foi aprovado na Casa e sancionado pelo Executivo Municipal.

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A esperança da comunidade local é que a medida contribua com a redução da criminalidade. De acordo com o gerente de farmácia Valderi Bicheri, 32 anos, a proibição deve aumentar o grau de segurança, já que pode inibir o acesso de assaltantes às lojas. ‘Já fomos assaltados. Agora até que a segurança está boa na cidade. E sempre que precisamos da polícia fomos bem atendidos’, declara.

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A autora do projeto ressalta que, apesar de a segurança pública ser uma atribuição do governo estadual, o cidadão comum pode ajudar, por exemplo, alertando a polícia quando um motociclista entrar numa loja usando capacete. Ela recomenda, inclusive, o uso de adesivos para avisar sobre a proibição.

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Divulgação


Segundo o vice-presidente da Associação Comercial e Empresarial de Ibiporã, Vander Carlos Casagrande, a aprovação da categoria é ‘total.’ Ele adverte, porém, que resultados satisfatórios só serão obtidos quando a restrição for amplamente divulgada. Para isso, a entidade pretende discutir formas de divulgação da legislação, como o próprio uso de adesivos de alerta.

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Há cerca de duas semanas, segundo a Polícia Militar, um dos assaltantes que vinha cometendo este tipo de crime foi preso. Após a detenção, o número de assaltos do tipo atingiu índice próximo de zero. E para que a nova legislação contribua para inibir a prática, a comunidade precisa colaborar. O alerta é do sub-tenente Luís Marques Modesto, que destaca que a população pode acionar a corporação por meio do telefone 190 sempre que um motoqueiro não tirar o capacete para entrar num estabelecimento público ou privado.


‘A pessoa de bem que esquecer de tirar o capacete será orientada sobre a lei. O ideal é que todos passem a adotar essa prática. A legislação é benéfica e trará, com certeza, uma diminuição nos índices desse tipo de crime’, ressalta o policial.

Funcionária de loja de aviamentos, Ruth Forin de Moraes, 62, considera que o resultado será efetivo porque a comunidade costuma colaborar. ‘As pessoas vão respeitar. O brasileiro é um povo educado’, diz a comerciária. Para o auxiliar administrativo Hélio Granjeiro Sanches Garcia, 18, que trabalha numa revenda de celulares, a iniciativa é positiva. Ele conta que a loja sofreu um assalto há alguns meses e considera que a segurança da cidade está ‘complicada.’ ‘Tem áreas que são muito visadas. O ideal para a segurança seria estar em um shopping’, avalia.


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