A situação é tensa na manhã desta segunda-feira na Fazenda Araupel, invadida pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no último sábado.
Em entrevista à rádio CBN, o advogado da empresa disse que a área está "sitiada". A Polícia Militar, que afirma que o risco de conflito é muito grande, deve enviar reforços para o local ainda nesta segunda. Por enquanto, 80 policiais fazem a segurança da área.
Cerca de 2 mil pessoas do movimento ocupam o a área, e o MST promete deslocar mais 1.500 famílias para a fazenda, que fica em Quedas do Iguaçu, no Sudoeste do Estado.
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No sábado, a chegada da PM evitou o confronto entre os sem-terra e os cerca de 500 funcionários ligados à Araupel que lá estavam. No mesmo dia, moradores da região fizeram um protesto pedindo a desocupação da área. Eles temem que a empresa seja fechada e que os trabalhadores percam o emprego.
Três sem-terra estão presos na delegacia de Quedas do Iguaçu por porte ilegal de arma. Eles estavam com um revólver, uma pistola e um rifle, todos com a numeração raspada.
Em entrevista à Folha de Londrina, o gerente de recursos humanos da Araupel, Alberto Pius, disse que pretende entrar com novo pedido de reintegração de posse nesta segunda-feira.
Segundo ele, a fazenda é altamente produtiva e cerca de 20 mil sacas de sementes beneficiadas e insumos agrícolas estariam nos silos cercados pelo MST.
Cerca de 800 sem-terra ocupavam uma área de 5,2 mil hectares da fazenda desde 1999. Por conta disso, há duas semanas o Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou intervenção federal no Paraná, já que o Estado não cumpriu uma ordem de reintegração de posse para a Araupel, ainda em 1999.