Estão sendo montados os canteiros de obras na avenida das Torres (Comendador Franco) para construção do viaduto estaiado, da trincheira da rua Guabirotuba e de outras melhorias viárias e de paisagismo no corredor Aeroporto/Rodoferroviária. Durante as obras o trânsito na avenida, importante ligação metropolitana, fluirá sem bloqueios. Apenas um desvio no cruzamento da rua Guabirotuba, no bairro Jardim Botânico, será necessário.
As obras na avenida compõem o pacote de projetos financiados parcialmente pelo PAC da Copa, do governo federal. No mês passado a prefeitura assinou a ordem de serviço para as obras que ajudarão a desafogar o trânsito facilitando as transposições em pontos estratégicos da avenida como o viaduto no cruzamento com a rua Coronel Francisco H. dos Santos.
O uso dos cabos (estais) possibilita erguer um vão largo entre as extremidades da pista e o que ajuda fazer a obra em locais sem o que o trânsito seja interrompido, como no caso da avenida das Torres.
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"Os estais possibilitam que a ponte fique suspensa enquanto é construída e por baixo os carros podem passar sem problemas", diz o arquiteto do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano (Ippuc) Mauro Magnabosco, responsável pelo projeto do viaduto estaiado.
Ao longo de seus 10 quilômetros, a avenida das Torres terá um único desvio, no cruzamento da rua Guabirotuba onde será construída a trincheira. Neste cruzamento a avenida terá quatro pistas no sentido São José dos Pinhais-Curitiba, com duas faixas em cada sentido e a rua Guabirotuba será desviada pelas ruas Manoel Martins de Abreu e rua Alcina T. Sabbag. Para a passagem de veículos nesse trecho será pavimentado o canteiro central da avenida.
Desvios
Já a rua Coronel Francisco H. dos Santos será bloqueada entre as ruas Durval Morais e Ana Berta Roskamp. Os desvios nesse trecho serão feitos pela rua Joaquim Amaral, que ficará com mão dupla e pela rua Durval de Morais Guabirouba e pela rua Dr. Constante Coelho Jardim das Américas formando um binário.
As obras têm prazo de 18 meses, e depois de prontas vão melhorar significativamente a ligação entre os bairros Boqueirão, Hauer, Xaxim, Uberaba e Jardim das Américas, Cajuru e BR 277, além do Jardim Botânico, Prado Velho e Rebouças. Cerca de cerca de 300 mil moradores além de turistas serão beneficiados com as intervenções.
O arquiteto do Ippuc assegura que a cidade ganhará muito mais que melhorias viárias e de mobilidade. A obra do viaduto estaiado que compõe esse corredor é um legado para imagem de Curitiba.
"Curitiba segue sua tradição em usar o planejamento urbano para resolver problemas atuais e futuros mas também para tirar partido e construir seus ícones. O viaduto estaiado será um deles, como foi o Museu Oscar Niemayer, as estações-tubo, os Faróis do Saber, o Jardim Botânico, os parques e tantos outros", destaca Magnabosco.
"A estética urbana cria as referências de uma cidade e não tem como ser calculada, ou medida. Está somada na auto-estima de seus habitantes e na empatia e no apego dos cidadãos pelo espaço comum. Nessa conta entra ainda uma centena de milhares de turistas que vêm atraídos por essa boa imagem", afirma o arquiteto.