A Comissão Interistitucional pelo Banimento do Amianto, acompanhada por representantes de centrais sindicais, esteve na Assembleia Legislativa do Paraná nesta terça-feira (7) para pedir que o projeto de lei 76/2011, que proíbe o amianto no estado, seja colocado em pauta. Os manifestantes, vestidos com camisetas alusivas à causa, levaram cartazes e panfletos ao plenário e reiteraram o pedido em ofícios encaminhados aos deputados.
O amianto, utilizado principalmente na produção de telhas, guarnições de freio e revestimento de discos de embreagem, provoca câncer e outras doenças que levam à morte.
A manifestação na Assembleia Legislativa faz parte da campanha ‘O amianto mata e o descaso ajuda’, que tem uma série de ações programadas entre os dias 30 de julho e 12 de agosto. "Precisamos sensibilizar a população, que conhece muito pouco os malefícios do amianto. Esta campanha é a oportunidade de trazer o assunto à tona", explica a promotora do Trabalho, Margaret Matos de Carvalho.
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A Comissão Interistitucional pelo Banimento do Amianto é composta por representantes do Ministério Público do Trabalho, da Associação de Trabalhadores Expostos ao Amianto e da Cáritas Brasileira Regional.
Os trabalhos da comissão antecedem duas audiências públicas que serão realizadas no Supremo Tribunal Federal, em Brasília, nos dias 24 e 30 de agosto, sobre a proibição do amianto no Brasil. "Estamos cada vez mais otimistas, fazendo a nossa parte no sentido de cobrar uma legislação estadual", comenta o presidente da Associação de Trabalhadores Expostos ao Amianto, Hebert Fruehauf.
Cinco estados possuem leis que proíbem o amianto: São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará e Pernambuco. Ele também foi abolido em 45 países, entre eles França, Alemanha, Itália, Japão, Austrália, Argentina, Uruguai e Chile. O projeto paranaense tem como autor o deputado Luiz Eduardo Cheida (PMDB).