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Curitiba deverá ter novas leis para proteção de animais

Redação - Folha do Paraná
23 jan 2001 às 17:55

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A Promotoria de Proteção ao Meio Ambiente, do Ministério Público do Paraná, está encaminhando esta semana à Prefeitura de Curitiba e à Câmara Municipal três projetos de lei que visam reduzir o número de animais abandonados pelas ruas da cidade.

Entre as medidas propostas estão a obrigatoridede de esterilização dos cães e gatos comercializados, sob pena de multa em caso de descumprimento; a instituição de campanha municipal anual para a esterilização de animais em regiões carentes; e a criação do Conselho Municipal de Proteção ao Animal, constituído por representantes de entidades civis e públicas, e responsável pelo estabelecimento de políticas públicas voltadas ao problema.

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Os projetos que estão sendo encaminhados ao município foram elaborados depois de quase meio ano de discussões entre entidades de proteção aos animais, entidades representativas de clínicas e profissionais veterinários, universidades e órgãos como a Polícia Militar e Batalhão de Trânsito, interessados em encontrar soluções para o problema dos animais abandonados.

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"Essa é uma questão de interesse público", diz o promotor Saint Clair Honorato Santos, lembrando que as soluções vão depender da atuação da prefeitura. Os problemas, de acordo com ele, vão desde as más condições a que os animais são expostos nas ruas, os riscos de proliferação de doenças até os constantes acidentes causados pelos animais.

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Uma das preocupações principais das entidades é conscientizar a população sobre a posse responsável dos animais. "A pessoa compra um filhote, mas não tem consciência de que terá de cuidar dele para o resto da vida. Muitos acabam abandonando o animal quando quer viajar ou ele fica doente", alerta Laélia Negrão da Associação do Amigo Animal (Ama).


Dados do Setor de Controle de Zoonoses e Vetores da Secretaria Municipal de Saúde confirmam essa situação. Em 2000, dos 11.294 cães sacrificados, 71% (8.019) foram de cães recolhidos nas casas a pedido dos próprios donos que os encaminham para eutanásia.

Leia mais em reportagem de Maigue Gueths, na Folha do Paraná/Folha de Londrina desta quarta-feira


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