O Hospital e Maternidade Nossa Senhora de Fátima, de Curitiba, acaba de ganhar uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal com capacidade para atender até oito crianças. Outros quatro leitos de cuidados intermediários foram disponibilizados. Com essa unidade, a Capital passa a contar com 59 leitos de atendimento especial aos recém-nascidos e 73 leitos de atendimento de médio risco.
O diretor clínico da Maternidade Nossa Senhora de Fátima, Cristóvão Costa do Amaral, informou que foram investidos R$ 1,5 milhão na UTI Neonatal, com recursos próprios, do Ministério da Saúde e da Prefeitura de Curitiba. O valor repassado pelo município, segundo o secretário de Saúde, Luciano Ducci, foi de R$ 187,6 mil, destinado à compra dos equipamentos.
"A unidade tem cerca de 240 metros quadrados e atenderá prioritariamente as crianças de mães oriundas do Sistema Único de Saúde", disse Amaral. Segundo ele, o hospital - que é mantido pela Sociedade Cultural e Caritativa São José - realiza, em média 430 partos por mês. Cerca de metade dessa demanda é de gestantes que fazem parte do programa "Mãe Curitibana", implantado há dois anos pela Prefeitura.
Leia mais:
Defesa Civil do Paraná alerta para risco de fortes tempestades de sábado até segunda
Matrículas da rede estadual do Paraná para 2025 encerram nesta sexta-feira
Motorista morre e passageiro se fere em capotamento em Pérola
Passageiro de van morre em colisão contra base de concreto em Engenheiro Beltrão
De acordo com Ducci, para atender adequadamente a demanda de Curitiba e região metropolitana seriam necessários 63 leitos de UTI Neonatal e 83 leitos de cuidados intermediários. A secretaria pretende atingir esses números com a implantação de 10 leitos de UTI e 15 leitos de atendimento de média complexidade no Hospital de Clínicas (HC) da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Ducci afirmou que essa ampliação já está sendo negociada, mas ainda não há previsão para sua concretização.
O prefeito de Curitiba, Cassio Taniguchi, disse que a ampliação da oferta de leitos de UTI neonatal está entre as ações da Prefeitura para reduzir o índice de mortalidade infantil para um dígito. Hoje, esse índice é de aproximadamente 14 mortes em cada 1 mil crianças de 0 a 1 ano de idade. "Nos últimos dois anos, mais de 200 crianças foram salvas de ser infectadas pelo vírus HIV e por outras doenças como a toxoplasmose (infecção congênita ou adquirida que pode atingir vários órgãos) e sífilis", afirmou Taniguchi, referindo-se ao programa "Mãe Curitibana".