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Curitiba tenta salvar árvore quase secular

Maigue Gueths - Folha do Paraná
05 jun 2001 às 17:24

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A Secretaria Municipal do Meio Ambiente está conseguindo conter a inclinação de uma árvore com 96 anos de idade, quase 30 metros de altura e dois metros de diâmetro, localizada na região central da cidade. Em dezembro, o álamo - situado na esquina das ruas Silva Jardim com Conselheiro Laurindo - passou por uma operação especial de salvamento.

A árvore, que está com inclinação de quase 15 graus no tronco, recebeu poda de manutenção e corte de galhos para aliviar o peso da copa e evitar sua queda. O álamo também foi escorado por estruturas de madeira. Desde então, os engenheiros florestais e agrônomos da prefeitura, que estão monitorando a operação, não constataram mais nenhuma inclinação do tronco.

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A intenção da operação é prolongar a vida do álamo em pelo menos mais 20 a 30 anos. De acordo com o engenheiro florestal Alfredo Vicente de Castro Trindade, gerente de Planejamento Ambiental da secretaria, a inclinação da árvore começou há dois anos. Em dezembro, entretanto, o grau de inclinação aumentou, exigindo medidas para evitar a sua queda.

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Plantado em 1904 por imigrantes suecos, que construíram a antiga fábrica de fósforos Fiat Lux (atual Swedish Match), o álamo é uma das 13 árvores históricas e exóticas declaradas imunes de corte pelo decreto municipal 403/97. Os espécimes foram selecionados segundo critérios de porte, raridade e beleza e recebem atenção especial. Algumas são espécies nativas da região e cersceram no interior de bosques e praças. Outras foram trazidas por imigrantes europeus nas décadas de 30 e 40 e se adaptaram ao clima da cidade.

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Entre as 13 árvores imunes de corte em Curitiba, estão dois álamos, dois eucaliptus, uma castanheira, uma paineira, dois tipos de araucária, uma tipuana, uma guapuruvu, uma oliveira e uma nogueira. A idade média destas árvores é de 60 a 70 anos.


Tombadas

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Além das árvores preservadas pelo decreto municipal, o Paraná possui mais nove espécies tombadas pelo Departamento de Patrimônio Natural da Secretaria Estadual da Cultura, de acordo com a Lei 1.211, que prevê normas de preservação do patrimônio cultural. Neste caso, o critério principal para o tombamento é a preservação da paisagem, valor afetivo, imponência da árvore, além de proteção de árvore em risco.


De acordo com a coordenadora do Patrimônio Cultural da secretaria, Maria Luiza Marques Dias, atualmente estas árvores estão passando por um processo de avaliação por técnicos da Universidade Federal do Paraná (UFPR). "A maioria está bem. Só encontramos parasitas em uma paineira, situada no Bom Retiro, em Curitiba, que já está sendo tratada", diz.

Das nove árvores tombadas, oito estão em Curitiba. A única fora da Capital é um carvalho, na cidade de São Mateus do Sul (sul do Estado), que está no terreno da União Beneficiente Náutica.


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