A morte da curitibana Marinete Alves Duarte, de 37 anos, no Hotel Conrad, em Punta del Este, no Uruguai, está sendo investigada pela 10ª Subdivisão de Polícia e pela Diretoria de Investigações do Judiciário local. Ela morreu na última sexta-feira, por volta das 17 horas, logo depois de ser flagrada pelo marido - o empresário Fúlvio Martins Pinto - com um outro homem, na suíte 1705, no 17º andar. Ela caiu pela janela do quarto e seu corpo foi encontrado ao lado da piscina do hotel.
As investigações preliminares davam conta de que ela havia conhecido o médico, cujo nome não foi revelado para a imprensa, num avião antes de ir para o Uruguai. No hotel, eles estariam mantendo um relacionamento amoroso, enquanto o marido se divertia nos cassinos com os amigos. Na sexta-feira, Fúlvio Martins Pinto teria ligado para ela e avisado que chegaria mais tarde porque tinha perdido US$ 15 mil no jogo e iria voltar após recuperar o dinheiro. Ela teria aproveitado a ausência do marido para se encontrar com o amante. Fúlvio teria chegado no apartamento do casal, no 11º andar, e percebido a ausência dela. Foi aí que ele descobriu, com funcionários do hotel, onde ela estava.
Num primeiro momento, a polícia suspeitou que ela tivesse cometido suicídio depois de ter sido encontrada com outro homem pelo marido. No entanto, depois da reconstituição dos fatos, a história ficou um pouco nebulosa. ""Primeiro disseram que foi um acidente. Depois falaram que o laudo médico dizia que ela foi vítima de anemia aguda. Como alguém que caiu do prédio pode ter como causa morte uma anemia"", questionou o vice-cônsul do Brasil em Montevidéu, Carlos Marques, que impediu que o corpo de Marinete fosse encaminhado para o Brasil. ""Enquanto tudo não estiver legalizado, o corpo não segue para o Brasil"", afirmou ele, garantindo que apenas após o feriado de Finados - celebrado hoje no Uruguai - o corpo poderá ser liberado.
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Até ontem, ninguém da família de Marinete havia se comunicado com o consulado brasileiro. O irmão dela, Afonso Alves Duarte, foi até a delegacia para saber informações sobre o caso. Até agora, a polícia e o juiz penal Daniel Tapié - que acompanha as investigações - estão mantendo os trabalhos realizados sob sigilo. O empresário Fúlvio Martins Pinto permancia preso em Punta del Leste. A filha dele, a advogada Dirce Elani Pinto viajou ontem para Uruguai.
Em Curitiba, fontes ligadas ao jogo do bicho afirmaram que Fúlvio Martins Pinto detém um terço do mercado na capital. Ele teria sido sócio do também empresário Almir José Solarewicz, assassinado no dia 20 de setembro, em frente ao Estacionamento e Lavacar Shalimar. De acordo com as informações, ele vivia bem com Marinete Duarte, que foi garota de programa e fazia Direito na Universidade Tuiuti. Fúlvio Martins Pinto seria ainda sócio de um empreendimento de casas populares no Rio de Janeiro.
A reportagem da Folha tentou localizar familiares do empresário e de Marinete, mas não conseguiu contato.