O delegado-chefe da 17ª Subdivisão Policial (SDP) de Apucarana, Valdir Abrahão, foi preso por volta das 19h30 desta terça-feira (9), acusado de participação em um esquema de pirataria desbaratado pelo Ministério Público (MP) através da operação Jolly Roger.
Logo após o início da operação, que resultou na prisão do delegado e de outras 23 pessoas, Abrahão foi afastado das funções. O Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) chegou a pedir a prisão dele no início da tarde, mas a solicitação foi negada pela Justiça. "Recolhemos novos elementos e declarações durante a tarde e conseguimos embasar novo pedido, que, desta vez, foi acatado pela Justiça", explicou o coordenador do Gaeco em Londrina, promotor Cláudio Esteves.
De acordo com as investigações, Abrahão e dois investigadores de polícia são acusados de corrupção passiva por receber propina dos empresários responsáveis pelo esquema de pirataria. Em troca da vantagem indevida, segundo o MP, os integrantes da Polícia Civil 'acobertavam' os crimes praticados.
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O delegado afastado e a dupla de investigadores devem ser encaminhados ainda na noite desta terça-feira para Curitiba, onde ficarão presos em sala especial. "Vamos passar por Londrina para encontrar os dois policiais e já fazer o encaminhamento do trio para a capital", explicou o promotor. Os três devem ser escoltados de carro durante a madrugada. Os demais acusados vão continuar detidos na unidade dois de Penitenciária Estadual de Londrina (PEL 2).
As empresas acusadas produziam bonés e camisetas falsificadas. Os produtos eram encaminhados para São Paulo, onde eram vendidos em lojas na 25 de Março. Os empresários responsáveis são acusados de violar marcas famosas, sonegar impostos e lavar dinheiro.
Abrahão, os dois investigadores e os outros 21 presos vão responder por sonegação fiscal, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, falsidade ideológica e corrupção - ativa e passiva.
A Polícia Civil já nomeou Ítalo César Sega como o novo delegado-chefe de Apucarana.