Foi publicado nesta segunda-feira, pela quarta vez, o edital de licitação para as obras do contorno ferroviário. O Estudo e Relatório de Impacto Ambiental (Eia/Rima) está há cerca de três meses em análise no Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e, segundo a assessoria de imprensa, ainda falta a realização das audiências públicas com a comunidade atingida pelas obras, o que não há data prevista para acontecer.
As 41 empresas que já apresentaram propostas podem trocar o edital pelo novo e continuar na disputa. Para os novos interessados, o custo é de R$ 1.000,00. A abertura das propostas está prevista para o dia 5 de dezembro, mas se o IAP não aprovar o licenciamento ambiental, o processo terá que ser adiado novamente. A prefeitura alega que está impedida de dar continuidade à concorrência por causa da questão ambiental.
No novo edital publicado nesta segunda-feira, a prefeitura abriu o processo para a participação de empresas internacionais, já que a distinção entre empreendedores nacionais e estrangeiros instalados no País pode ser considerada inconstitucional.
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Cerca de 1,5 mil pessoas terão suas propriedades cortadas pela linha férrea e têm se mostrado preocupadas com a interferência do novo ramal na qualidade de vida, no meio ambiente e até na produtividade agropecuária. O contorno passará por 186 propriedades -a maioria na zona rural- dos municípios de Almirante Tamandaré, Araucária, Campo Largo e Campo Magro, na Região Metropolitana de Curitiba.
Por outro lado, o novo contorno ferroviário atende a um antigo anseio dos moradores de 12 bairros de Curitiba, cansados do barulho e dos acidentes causados pelos trens. Aproximadamente 150 mil curitibanos moram em áreas cortadas pela linha férrea. O Contorno Ferroviário terá 43 quilômetros de extensão e deverá custar R$ 81,9 milhões.