O Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) localizou na noite de quarta-feira, o corpo do arquiteto e engenheiro Onaldo Pinto de Oliveira, de 73 anos, desaparecido desde o último dia 5. O corpo, já em estado de decomposição e com ferimentos generalizados, foi retirado com o auxílio do Corpo de Bombeiros de dentro de um poço numa fazenda que fica 30 quilômetros da Colônia Muricy, na Região Metropolitana de Curitiba.
Um dos autores do assassinato foi preso horas antes. O mecânico Luiz Carlos Castanha, 37, tinha uma oficina no bairro Vila Hauer, periferia de Curitiba. Ele estava consertando dois veículos de propriedade do engenheiro. Um Santana e um Citroen.
Influenciado por dois amigos da Oficina Car World - o sócio Antonio Carlos Brambila e o amigo Richard, conhecido como "carioca" - ele teria atraído Oliveira para a oficina prometendo que um dos carros estaria pronto. Enquanto preparava uma comida no segundo andar, Richard teria matado a pauladas o engenheiro no andar de cima, conforme o combinado.
Leia mais:
Do CEEBJA à universidade: idosos de Londrina comemoram vaga no ensino superior
Defesa Civil do Paraná alerta para risco de fortes tempestades de sábado até segunda
Matrículas da rede estadual do Paraná para 2025 encerram nesta sexta-feira
Motorista morre e passageiro se fere em capotamento em Pérola
Por volta das 22 horas, eles teriam colocado o corpo no porta-malas do Santana placas AFP 7740 e levado para a fazenda. "O Richard já conhecia o lugar. Fomos até lá para jogar o corpo dentro do poço e retirar o que pudéssemos em caixas eletrônicos", afirmou Castanha.
O primeiro banco a ser visitado foi o Banestado da Vila Hauer, onde foram retirados R$ 950,00. Uma câmera de vídeo filmou o momento do saque. Foi com a fita que a polícia chegou até Castanha. "Foi bom que isto aconteceu. Eu não conseguia mais conviver com a culpa", disse o mecânico, bastante nervoso.
O montante total de saques feitos com o cartão bancário de Oliveira em Curitiba e Angra dos Reis somou R$ 7 mil. Castanha e seu sócio teriam ficado com R$ 700,00. O delegado titular do Cope, Luiz Alberto Cartaxo de Moura, disse que tudo leva a crer que os três fazem parte de uma quadrilha que já deveria estar atuando a mais tempo em Curitiba. "Possivelmente eles faziam sequestros relâmpagos. Mas por esta vítima ser conhecida, não lhes restava outra opção senão matá-la", explicou.
o Cope solicitou a prisão preventiva dos outros dois acusados. Todos serão indiciados em inquérito por extorsão mediante sequestro e roubo seguido de morte (latrocínio).