Um prédio invadido por sem-teto em Curitiba chamou a atenção de ativistas francesas pelo direito a moradia. As sociólogas Juliana Smith e Fanny Petit e a militante do movimento dos mal-alojados da França Delphine Rochart estão produzindo um documentário sobre a invasão.
As lideranças das 40 famílias sem teto se comprometeram com o governo do Estado a sair do imóvel até as 18h de sábado. O novo local para abrigar as famílias terá de ser encontrado pelo MNLM (Movimento Nacional de Luta por Moradia), que organizou a invasão, no dia 7 de junho.
O filme produzido pelas francesas será exibido para organizações não-governamentais em Paris, onde as ativistas moram. Elas chegaram a Curitiba no domingo e passaram a viver com os sem-teto para saber como é o cotidiano das famílias dentro do prédio.
Leia mais:
Do CEEBJA à universidade: idosos de Londrina comemoram vaga no ensino superior
Defesa Civil do Paraná alerta para risco de fortes tempestades de sábado até segunda
Matrículas da rede estadual do Paraná para 2025 encerram nesta sexta-feira
Motorista morre e passageiro se fere em capotamento em Pérola
Delphine Rochart está no Brasil pela primeira vez. Ela disse ter ficado chocada com o abismo entre ricos e pobres do país. Na França, segundo a ativista, a situação das famílias que não podem ter casa própria é semelhante às do Brasil.
A militante contou que há dois milhões de pessoas vivendo precariamente em hotéis, cortiços e nas primeiras favelas que passaram a a ser construídas no país.
Segundo ela, o governo deixou de regular o preço dos aluguéis, que subiu muito, levando muitas famílias a recorrer a um programa social que custeia abrigo em pequenos hotéis.