Os trabalhadores paranaenses que atuam na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) participam hoje da paralisação que acontece em várias regiões do País. No Paraná, a Embrapa possui 560 funcionários, sendo 400 em Londrina, onde são realizadas pesquisas com soja, e 160 em Colombo, Região Metropolitana de Curitiba, onde acontecem estudos sobre florestas.
A manifestação nacional acontece somente hoje. Ela tem o objetivo de pressionar a empresa a apresentar uma proposta de reajuste salarial e manutenção de 20 cláusulas sociais. Os trabalhadores pedem um reajuste de 20%, liberação dos dirigentes sindicais para trabalhar nos sindicatos da categoria, pagamento de horas extras e adicional noturno, condições para contratação de funcionários terceirizados, estagiários e bolsistas, manutenção do quadro de trabalhadores, auxílio educação e adicional para dedicação à pesquisa.
Caso a Embrapa não abra um canal de negociação, os trabalhadores prometem iniciar uma greve por tempo indeterminado. Isso só deve acontecer depois da realização de uma nova assembléia. Os trabalhadores iniciaram em abril as negociações do Acordo Coletivo de Trabalho 2001.
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Em Colombo, a manifestação de hoje prevê piquete no portão da empresa, segundo Simone Aparecida Sopchaki, assistente de pesquisa da Emprapa e presidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Instituições de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário (Sinpaf) - Secção Sindical CNPFlorestas. Entre as 8 e 17h30, haverá apitaço para os fura-greve. Os motoristas que passarem pela Estrada da Ribeira, onde está localizada a sede da Embrapa, vão receber mudas de árvores.
Em Londrina, a comissão de greve dos funcionários da Embrapa irá se reunir às 9 horas em frente ao portão da empresa. À tarde, a partir das 14 horas, os funcionários estarão no Calçadão, em frente ao Banco do Brasil para distribuição de 1,5 mil pacotes de leite de soja, 500 litros de suco e 750 pacotes de 500 gramas de farinha. A distribuição dos produtos foi a forma que os trabalhadores encontraram para pressionar a direção da Embrapa.
Segundo o sindicato da categoria, a Embrapa tem folga orçamentária para oferecer reajuste salarial aos empregados, mas se recusa a apresentar uma proposta econômica.
"Caso a empresa não apresente uma proposta de reajuste salarial, vamos partir para a greve por tempo indeterminado, com grandes manifestações de rua. Não podemos aceitar calados tanto desrespeito e ataques aos nossos direitos", diz Roseli Dagmar Rossi Cardoso, presidente da Seção Sindical Soja, em Londrina.