A omissão dos governos municipais e estaduais e a falta de destinação de recursos públicos foram apontados como os grandes causadores da criminalidade e do uso de drogas entre as crianças. De acordo com levantamentos elaborados pela Promotoria da Infância e Juventude de Santa Catarina, menos de 30% das crianças e adolescentes têm acesso à educação. A cada 100 crianças que entram no ensino fundamental, apenas 55 completam a 8ª série. A maioria desiste entre a 3ª e a 4ª séries.
''Há uma falta de compromisso público com a criança e o adolescente'', afirmou o promotor Gersino Gerson Gomes. Para ele, os governantes precisam disponibilizar educação de qualidade, reforço pedagógico, atividades culturais e de lazer e uma perspectiva de profissão para os menores de idade. ''Tudo isso está garantido no Estatuto da Criança e do Adolescente, mas ninguém faz nada'', argumentou.
A discussão sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente faz parte de um encontro estadual promovido pelo Instituto de Ação Social do Paraná (Iasp) e pelo Conselho Estadual de Defesa da Criança e do Adolescente. No encontro, foi apresentada a Lei de Diretrizes Sócio-Educativas, feita por uma comissão de promotores da Região Sul para obrigar os municípios e estados a investirem em programas contínuos de recuperação de menores infratores.
Leia mais:
Do CEEBJA à universidade: idosos de Londrina comemoram vaga no ensino superior
Defesa Civil do Paraná alerta para risco de fortes tempestades de sábado até segunda
Matrículas da rede estadual do Paraná para 2025 encerram nesta sexta-feira
Motorista morre e passageiro se fere em capotamento em Pérola
Leia mais em reportagem de Luciana Pombo, na Folha de Londrina desta terça-feira