O Palácio Iguaçu determinou multas diárias de R$ 145.860 a cada das seis concessionárias que exploram as rodovias privatizadas no Paraná. As multas somam R$ 875.160 por dia. Como a sanção é retroativa ao dia 22 de dezembro -quando entraram em vigor as novas tarifas -, as multas já somam R$ 4,3 milhões.
O secretário de Governo, José Cid Campêlo Filho, afirmou nesta quinta-feira que não há autorização judicial para o aumento do pedágio. As concessionárias alegam ter amparo da Justiça para o aumento do pedágio em vigor desde domingo. O reajuste é de 11%, em média. Os contratos de concessão prevêem aumentos anuais das tarifas para compensar as perdas com a inflação.
Campêlo recomendou aos usuários que guardem os comprovantes de pagamento do pedágio para reembolso do dinheiro pago a mais devido ao reajuste.
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Ele voltou a dizer que o governo pode usar a Polícia Militar para reverter o reajuste. "A PM poderá garantir ao usuário o direito de pagar as mesmas tarifas que estavam sendo cobradas até o último sábado", disse. "Mas esperamos que as concessionárias tenham bom senso e retornem às tarifas anteriores, sem que o governo precise usar a Polícia Militar para fazer valer o contrato de concessão."
O diretor da Associação Brasileira das Concessionárias de Rodovias (ABCR) no Paraná, João Chiminazzo Neto, ficou surpreso com o anúncio de possível força policial e afirmou que as concessionárias não vão recuar devido ao respaldo da Justiça Federal. "Não podemos considerar este tipo de ameaça", afirmou. A associação também acusa o governo de tratar o assunto como forma de garantir maior força política.