No Paraná, a principal manifestação do 13º Grito dos Excluídos está concentrada na periferia de Curitiba. Cerca de 700 manifestantes saíram às 9 horas deste feriado do Parque Metropolitano em passeata até a reserva indígena do Cambuí , passando por áreas de ocupação nas margens do Rio Iguaçu, como a região de Icaraí e Vila Audi.
Segundo o representante da Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS), Waldemar Simão Júnior, neste ano a organização do movimento decidiu por atividades diferentes dos últimos dois anos.
" Em vez de disputar a atenção do público no Centro Cívico, onde está sendo realizado o desfile militar de 7 de Setembro, os manifestantes decidiram ir até os marginalizados. Vamos mostrar aos moradores de periferia situações concretas das dificuldades que enfrentam os excluídos. Não pode haver independência enquanto houver no país tantos marginalizados".
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De acordo com o sindicalista, somente na área onde está hoje o Grito dos Excluídos, vivem cerca de 2 mil moradores. "Se conseguirmos a anulação da privatização da Companhia Vale do Rio Doce, os lucros podem ser aplicados em políticas públicas".
Milhares de panfletos estão sendo distribuídos, informando à população da importância da visibilidade e credibilidade ao plebiscito popular que está em andamento sobre a possível reestatização da Vale, destacando o tema deste ano "Isto não vale - queremos participação no destino da nação".
Na aldeia do Parque da Reserva Biológica Cambui, estão cerca de 150 pessoas, das etnias guarani e kaingang, que vivem basicamente do artesanato. "Não há infra-estrutura e eles ainda são alvos do preconceito da população curitibana", denuncia. Segundo ele, os moradores da região de Icaraí e Vila Audi serão beneficiados com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que deverão ser aplicados na habitação e saneamento, mas falta uma política de desenvolvimento mais agressiva por parte do município.
ABr