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Ibama reforça fiscalização de exportação de mogno

Erika Wandembruck - Folha do Paraná
19 dez 2001 às 21:29

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Fiscais do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) de Brasília chegam nesta quinta-feira a Paranaguá, no Litoral do Estado, para reforçar os trabalhos de fiscalização na exportação de mogno.

O trabalho já vem sendo realizado por funcionários de Curitiba, no posto do Ibama que funciona no Porto de Paranaguá. O objetivo é coibir atos de corrupção por fiscais, em função de denúncias de recebimento de propina em troca da liberação de cargas, pelos fiscais Dynei Carvalho e Otto Kesselli Junior. Ambos foram afastados dos cargos até que seja concluída sindicância instaurada para apurar o caso.

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A Polícia Federal também instaurou inquérito para averiguar a veracidade das denúncias que apontam os fiscais como coniventes com um esquema de exportação ilegal de mogno, possivelmente para a África, e que possui ramificações no Paraná e em Belém do Pará, de onde a madeira é oriunda. Em 07 de dezembro, o Ibama descobriu 32 contêineres com mogno escondidos no Depósito Tropical, em Paranaguá.

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Conforme a denúncia anônima, seriam 70 contêineres. De acordo com o chefe de Fiscalização do Ibama, Roberto Roberto Mattoso, há dificuldade em localizar o restante do carregamento. "Vamos pedir auxílio ao pessoal de Brasília, na tentativa de agilizar o processo", disse.


O envolvimento ou não dos acusados no crime só serão confirmados daqui um mês, quando ficarem prontos os exames grafotécnicos, que serão feitos pelo Instituto de Criminalística, em um bilhete, que em tese, teria sido escrito por Carvalho a mando de Kesseli Junior.

No bilhete estava escrito que "Otto cobra R$ 1,00 por metro cúbico de mogno para não abrir fardo". O corte, o transporte e a comercialização do mogno está proibida desde outubro, de acordo com Instrução Normativa 17/01 do Ibama. A exportação também está proibida porque a madeira está em extinção.


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