Os três corpos resgatados do Rio Paraguai na manhã deste sábado (27) foram identificados pelo Instituto Médico Legal (IML) no final da tarde. As vítimas estavam a bordo do barco-hotel que naufragou no rio na última quarta-feira (24). Dois dos três identificados são do município de Alvorada do Sul: Lucas Vagner Orlando e Pedro Alves Borges. O terceiro resgatado, identificado como Ramón Ferrera, era paraguaio e fazia parte da tripulação do barco-hotel.
As informações foram repassadas ao Bonde por Eliane Maciel, servidora da Secretaria de Assistência Social de Porto Murtinho (MS).
Até o momento, a Agência Fluvial de Porto Murtinho confirmou 11 mortes. Três pessoas seguiam desaparecidas até as 17h30 deste sábado.
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A Agência Fluvial também retificou a informação de quantos estariam no barco no momento do acidente. Inicialmente seriam 27 pessoas, das quais 16 turistas pescadores brasileiros e 11 tripulantes paraguaios. O correto é que no barco estavam 26 pessoas, das quais 16 turistas brasileiros e 10 tripulantes paraguaios. No dia do acidente, 12 - cinco turistas e sete tripulantes, e não oito como informaram no segundo dia - foram salvos com vida e passam bem.
Os londrinenses Paulo Aparecido da Silva e Elói Muller, também vítimas da tragédia, foram sepultados, na manhã deste sábado (27), no cemitério Parque das Allamandas, em Londrina. Os familiares dos dois homens dispensaram a realização dos velórios. O pai de Paulo Aparecido, Benedito Aparecido da Silva, também estava no barco-hotel e seguia desaparecido até o final da tarde deste sábado.
Investigação
Em entrevista ao portal Bonde, o capitão-tenente Alexandre Brandão explicou que procedimentos de investigação serão abertos pela Armada Paraguaia e pela Marinha Brasileira para apurar se os avisos de mudanças climáticas foram recebidos pelo barco-hotel que naufragou durante a forte tempestade com ventos de 93 km/h.
"A Marinha emite aviso constantemente sobre a situação. O navegante precisa estar atento e realizar o procedimento para manter em segurança das pessoas e da embarcação", disse.
Os órgãos de segurança também estudam a possibilidade de levantar o barco do local do naufrágio para tentar localizar os que ainda estão desaparecidos. (com Agência Estado/colaborou Viviani Costa, da Folha de Londrina)
(Atualizado às 17h24)