O Instituto Médico Legal e o Instituto de Criminalística devem se reunir novamente nesta quinta-feira com representantes do governo para definir se continuam ou não a paralisação da categoria.
Nesta quarta-feira fracassou a tentativa do governo do Estado de pôr um fim na greve dos servidores do Instituto Médico Legal (IML) e do Instituto de Criminalística (IC), que teve início na segunda-feira. A categoria não aceitou a proposta apresentada pelo governo. Os integrantes da Polícia Científica pedem equiparação dos seus salários aos pagos para delegados da Polícia Civil e comandantes da Polícia Militar. Isso significa um salário inicial próximo a R$ 6 mil. Hoje, incluindo as gratificações, os servidores da Polícia Científica entram na carreira ganhando R$ 1,8 mil.
Para atender a reivindicação da categoria, a folha de pagamento teria um impacto de R$ 1,9 milhões. Porém, pelos estudos da Secretaria Estadual da Fazenda, o governo tem uma margem de apenas R$ 500 mil para comprometer em salários para o ano que vem. Ultrapassando essa margem, estaria infringindo a Lei de Responsabilidade Fiscal, que proíbe um governo de deixar ônus para o próximo sem uma previsão de aumento da arrecadação que faça frente à nova despesa.
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Diante dessa realidade, o secretário de Administração, Ricardo Smijtink, ofereceu aos grevistas uma aproximação entre as quatro categoriais salariais hoje existentes. A quarta categoria tem um salário de R$ 3,1 mil. As outras três teriam salários 5% menores, de forma que a primeira seria 20% inferior à quarta categoria. Dessa forma, o impacto provocado pelos aumentos seria de R$ 570 mil, valor que estaria mais próximo do limite que o governo pode comprometer.