Quem não lembra dos "comportados" sobrinhos do Pato Donald e seu inseparável manual dos escoteiros? Com o manual, os personagens dos quadrinhos conseguiam resolver (quase) todas as dificuldades cotidianas. Na vida real, pode não ser bem assim, mas os escoteiros tentam de tudo para superar os obstáculos da vida. Com uma filosofia calcada na solidariedade e respeito ao próximo, eles acumulam quase um século de movimento, que ultrapassa gerações angariando cada vez mais adeptos em todo o mundo. No Brasil estima-se a existência de pelo menos 70 mil membros. Oito mil deles estarão reunidos a partir deste domingo, dia 7, em Foz do Iguaçu, no 11º Jamboree Panamericano.
O evento, um dos mais importantes organizados pelo Movimento Escoteiro, acontece no Centro de Convenções da cidade. Um acampamento gigantesco foi montado no campo ao lado do centro para receber os jovens escoteiros. Durante seis dias e sete noites eles estarão reunidos, contando com uma programação eclética e intensa.
A temática do encontro, organizado pela União dos Escoteiros no Brasil (UEB), é "Começando com Alegria", para marcar, segundo os organizadores, o início de um novo milênio, um novo século e um novo ano com princípios do escotismo. "O encontro é uma oportunidade única de reunir escoteiros do mundo inteiro", comenta um dos organizadores do Jamboree e presidente da regional da UEB, Regional Paraná, Paulo Salamuni.
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Escoteiros de 31 países vão participar do 11º Jamboree, que acontece de quatro em quatro anos. É uma oportunidade, enfatiza Salamuni de retomar o movimento numa concepção moderna, já que o evento tem toda a estrutura necessária para uma grande concentração de pessoas. Ele salienta que o Jamboree demonstra que é possível a organização de um evento sem patrocínio estatal ou privado. Os recursos do eventos - orçado em R$ 3 milhões - foram conseguidos com as inscrições dos participantes.
Integrante do movimento há trinta anos, Salamuni é categórico ao afirmar a importância dos princípios difundidos pelo escotismo na vida de um jovem. Explica que o movimento não tem qualquer vínculo político ou religioso e tem o objetivo de desenvolver a cidadania e o respeito nos jovens. "O escotismo dá referência cívica, dos deveres com deus e consigo mesmo, de acordo com a ideologia de cada um", acredita Salamuni.
O escotismo é destinado a jovens de 7 a 21 anos. Divididos em lobinhos (7 a 10 anos), escoteiros (11 a 14), sênior (15 a 17) e pioneiro (18 a 21) eles desenvolvem atividades específicas para cada faixa-etária, sempre com o objetivo de auxiliar ao próximo e contribuir com a sociedade.