Após 15 anos, a adolescente paranaense Maíra Luiza Bueno, de 15 anos, reencontrou na quarta-feira (26) sua família em um abrigo em Presidente Prudente (PR). Ela foi sequestrada quando tinha apenas 7 meses de vida, e neste período que esteve longe da família chegou a ser adotada, foi abandonada em um abrigo para menores, fugiu 29 vezes deste local e morou nas ruas, passando fome e frio.
De acordo com reportagem da Folha de São Paulo, a triste história desta paranaense começou em 1995, quando Maíra foi sequestrada em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba.
Segundo a avó Maria da Penha Paulino, 57 anos, a menina foi levada pela vizinha com quem ela e a mãe de Maíra, Andreia Amália Bueno, 36 anos, deixavam para ir trabalhar como ambulantes no centro de Curitiba. O sumiço da garota foi facilitado porque a mãe deixava com a vizinha a certidão de nascimento para ser usado em casos de emergência de saúde. Um dia, a vizinha desapareceu com menina sem deixar pistas.
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Em 1998, ela foi abandonada em um abrigo em Presidente Prudente (SP) e em seguida adotada. Mas Maíra se desentendeu com a nova família e foi parar novamente em um abrigo. Durante 10 anos, até 2008, ela fugiu do abrigo por 29 vezes até que uma determinação judicial a levou para o Centro de Referência da População Migrante de Rua, em Presidente Prudente.
A descoberta de sua família no Paraná contou com a ajuda da coordenadora do centro, Avelina Campos, e da educadora Edmeia Arenales. A certidão de nascimento de Maíra facilitou o sequestro mas também foi fundamental para a localização de familiares.
A avó de Maíra foi encontrada por estar cadastrada no programa Bolsa Família, em Campo Largo, município da Região Metropolitana de Curitiba.
Nesta sexta-feira (28), Maíra voltou a morar com a avó e mãe, que não teve mais filhos, tios e primos em Campo Largo. Maíra revelou à publicação que "Era exatamente o que imaginava: uma família grande, com primos e um tio engraçado. Não existe amor maior do que o da família de verdade".