O líder dos sem-terra que invadiram a Fazenda Araupel, Adélcio Schwalenberg, disse que a intenção do movimento é permanecer na fazenda a qualquer custo. A fazenda, que fica em Quedas do Iguaçu, no Sudoeste do Paraná, foi invadida no último sábado.
Para Schwalenberg, se as mais de 2 mil pessoas que estão na área saírem de lá, não conseguirão ser assentadas mais tarde. Segundo informações da rádio CBN, os sem-terra querem 40 mil dos 65 mil hectares da Araupel, que é a maior propriedade particular do Sul do país.
Os 25 mil hectares restantes seriam deixados para a exploração da madeira de reflorestamento por parte da empresa. A Araupel, no entanto, alega que precisa de toda a área para processar a madeira e manter seus 1.500 empregados diretos e cerca de 1.000 indiretos.
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A ouvidora nacional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Maria de Oliveira, está na fazenda para conversar com os coordenadores da invasão. Já na noite de quarta-feira, ela esteve reunida durante várias horas com os sem-terra.
A empresa informou que processa 6 mil toneladas de madeira por dia, e só teria estoque para manter a fábrica funcionando até o final desta semana. Por isso, uma das medidas urgentes solicitadas ao governo estadual é a liberação do acesso a áreas de matas de pinus bloqueadas pelos sem-terra.