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Ministério não libera todo pagamento e HC continua parado

Erika Wandembruck - Folha do Paraná
04 out 2001 às 16:53

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Os quase R$ 2,3 milhões liberados pelo ministro da Educação, Paulo Renato de Souza, são insuficientes para que a reitoria da Universidade Federal do Paraná (UFPR) pague os salários de setembro dos 2050 funcionários técnicos-administrativos lotados no Hospital de Clínicas (HC), em Curitiba. Os funcionários entraram em greve porque não receberam os salários de setembro. A paralisação deve continuar até que todos recebam os vencimentos.

"Seriam necessários quase R$ 4 milhões para pagar todo mundo, inclusive os 212 professores que fazem parte da folha de pagamento do hospital", disse Antonio Neris, presidente do Sinditest (sindicato que representa a categoria).

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Outro empecilho, provocado pelo próprio ministro, pode adiar ainda mais a volta ao trabalho no hospital. "A folha de pagamento era feita no Ministério de Educação (MEC), mas o ministro repassou a responsabilidade à universidade, o que pode agravar ainda mais a situação porque os funcionários do departamento pessoal da Federal também estão em greve", disse o reitor em exercício da UFPR Romulo Sandrini, durante reunião ontem com os sindicalistas.

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"Estou avaliando a abrangência dos recursos e estudando a melhor forma de viabilizar a formulação da folha", completou Sandrini."O ministro fez isso para atrasar ainda mais o nosso pagamento", concluiu Neris.


No entendimento do diretor-geral do HC, Luiz Carlos Sobânia "se o dinheiro enviado não dá para pagar os salários de professores e funcionários do hospital, então, a prioridade é que sejam pagos os técnico-administrativos porque sem eles o hospital pára", disse.

Segundo ele, se for necessário vai disponibilizar funcionários do setor de informática do HC contratados pela Funpar (Fundação do próprio hospital) - que não suspenderam as atividades porque receberam os salários - para ajudar a elaborar a folha de pagamento. "O que não pode é deixar que essa greve continue por mais tempo", concluiu.


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