Os quase R$ 2,3 milhões liberados pelo ministro da Educação, Paulo Renato de Souza, são insuficientes para que a reitoria da Universidade Federal do Paraná (UFPR) pague os salários de setembro dos 2050 funcionários técnicos-administrativos lotados no Hospital de Clínicas (HC), em Curitiba. Os funcionários entraram em greve porque não receberam os salários de setembro. A paralisação deve continuar até que todos recebam os vencimentos.
"Seriam necessários quase R$ 4 milhões para pagar todo mundo, inclusive os 212 professores que fazem parte da folha de pagamento do hospital", disse Antonio Neris, presidente do Sinditest (sindicato que representa a categoria).
Outro empecilho, provocado pelo próprio ministro, pode adiar ainda mais a volta ao trabalho no hospital. "A folha de pagamento era feita no Ministério de Educação (MEC), mas o ministro repassou a responsabilidade à universidade, o que pode agravar ainda mais a situação porque os funcionários do departamento pessoal da Federal também estão em greve", disse o reitor em exercício da UFPR Romulo Sandrini, durante reunião ontem com os sindicalistas.
Leia mais:
Defesa Civil do Paraná alerta para risco de fortes tempestades de sábado até segunda
Matrículas da rede estadual do Paraná para 2025 encerram nesta sexta-feira
Motorista morre e passageiro se fere em capotamento em Pérola
Passageiro de van morre em colisão contra base de concreto em Engenheiro Beltrão
"Estou avaliando a abrangência dos recursos e estudando a melhor forma de viabilizar a formulação da folha", completou Sandrini."O ministro fez isso para atrasar ainda mais o nosso pagamento", concluiu Neris.
No entendimento do diretor-geral do HC, Luiz Carlos Sobânia "se o dinheiro enviado não dá para pagar os salários de professores e funcionários do hospital, então, a prioridade é que sejam pagos os técnico-administrativos porque sem eles o hospital pára", disse.
Segundo ele, se for necessário vai disponibilizar funcionários do setor de informática do HC contratados pela Funpar (Fundação do próprio hospital) - que não suspenderam as atividades porque receberam os salários - para ajudar a elaborar a folha de pagamento. "O que não pode é deixar que essa greve continue por mais tempo", concluiu.