Os trabalhadores rurais que invadiram a unidade de pesquisa e treinamento da Monsanto em Ponta Grossa, na sexta-feira passada, continuavam acampados no local nesta segunda-feira.
A empresa obteve reintegração de posse no Tribunal de Justiça (TJ), mas os líderes do acampamento não haviam sido notificados até o início da noite desta segunda-feira.
A sentença do desembargador Salvatore Antônio Astudi prevê o uso de força policial em caso de resistência dos acampados.
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Os manifestantes, liderados pelo Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST), protestam contra a liberação da comercialização da safra de soja transgênica plantada ilegamente no Rio Grande do Sul.
Eles pedem ainda uma regulamentação clara que proíba o cultivo de alimentos geneticamente modificados.
A unidade da Monsanto em Ponta Grossa faz pesquisa sobre lavouras transgênicas e convencionais. A área invadida tem 43 hectares.
Estão no acampamento, batizado de Chico Mendes, entre 100 e 150 pessoas.
De acordo com um dos líderes do MST no Paraná, Célio Rodrigues, o grupo não tem intenção de abandonar o local.
Nesta segunda-feira eles estavam fazendo algumas obras de infra-estrutura na unidade.
''Estamos criando estrutura para colocar fogões e vamos iniciar uma horta'', relatou.
Havia cinco funcionários trabalhando na unidade da Monsanto em Ponta Grossa.
Eles foram expulsos pelos manifestantes na sexta-feira passada. Segundo a assessoria de imprensa da Monsanto, a empresa está estudando formas de aumentar a segurança dos funcionários em todas as unidades.
O secretário de Trabalho, Emprego e Promoção Social, Padre Roque Zimmermann, que preside a Comissão Especial de Mediação das Questões da Terra do governo do Estado, disse que não devem ocorrer novas ações policiais semelhantes a que ocorreu em Lindoeste no último sábado.