Em uma tentativa de reintegração de posse, aproximadamente 650 policiais cercaram nesta quinta-feira a fazenda Água da Prata, em Querência do Norte, no Noroeste do Paraná.
De acordo com a rádio CBN, cerca de 1.500 pessoas estão acampadas na área, sendo que mais 500 sem-terra teriam se deslocado para o local. Entretanto, segundo a PM, o número de sem-terras na fazenda não passa de 300.
A fazenda está ocupada desde agosto, e é a sexta ocupação em sete anos. Essa área tem um grande valor simbólico para os acampados, pois foi nela que em 21 de novembro de 2000 o trabalhador Sebastião da Maia foi morto.
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Giovani Braun, integrante do setor de Direitos Humanos do MST no Paraná, disse que a operação policial foi uma surpresa para os acampados e que não houve uma negociação prévia, como o governo estadual vinha fazendo nos últimos tempos. Uma das coordenadoras regionais do MST, Marli Branbilla, afirmou que os sem-terra estão dispotos a resistir e que um conflito pode ser gerado caso a polícia decida entrar na fazenda.
O sub-comandante do 8.º Batalhão da PM em Paranavaí, capitão Gilberto Cândido dos Santos, disse que, caso os acampados ofereçam resistência, os policias devem se retirar do local.