O impasse sobre o pagamento de um adicional de 30% no salário dos vigilantes pode resultar em uma greve da categoria, responsável por fazer a segurança em bancos e outras instituições privadas. O benefício, aprovado pela presidente Dilma Rousseff em dezembro de 2012, altera o art. 193 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e é válido para todos aqueles que exercem atividades consideradas perigosas.
Segundo o Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e região, uma assembleia marcada para as 19h30 da próxima quinta-feira (10), na Praça Santos Andrade, centro da capital, deve deliberar sobre a paralisação. "Tudo depende da decisão da categoria, mas se as empresas continuarem com essa falta de respeito com os trabalhadores, no sentido de descumprimento da lei, a tendência é que sim [aconteça a greve]", afirmou o presidente do sindicato e da Federação dos Vigilantes do Paraná, João Soares.
Ele estima que haja atualmente mais de 26 mil vigilantes empregados em empresas especializadas no Estado, sendo 60% em Curitiba e região. O salário inicial é de R$ 1.140, mais 15,5% de adicional de risco de vida. "Como a presidente mandou compensar o que elas já têm, as empresas teriam que pagar apenas 14,5% a mais", explicou Soares.
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Além da capital, devem acontecer assembleias nas demais regiões paranaenses, a partir da semana que vem. Ainda não há previsão de quando seria iniciada a paralisação, nem de quanto tempo ela duraria.
Outro lado – Procurado pela reportagem, o Sindicato das Empresas de Segurança Privada do Paraná (Sindesp) informou, por meio de nota, que a concessão do benefício só acontecerá após a "efetiva regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, como previsto na mencionada Lei". "Diante disso, conforme se constata, não há o que se falar em pagamentos de qualquer natureza", diz trecho do documento.