O trabalho do Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas (Sicride) do Paraná chamou a atenção do Ministério da Justiça. Além de utilizar o modelo paranaense na implantação do Projeto Sicride, em todo o país, o governo federal também distribuirá a cartilha ABC da Segurança do João Esperto, criada pela Polícia Civil paranaense, que apresenta às crianças dicas e noções mínimas de segurança pessoal e preventiva, com linguagem acessível e desenhos para colorir.
Desde 1995, quando foi criado, das 538 ocorrências atendidas apenas duas ainda não foram solucionadas e continuam sendo investigadas pelo Sicride. O número de crianças desaparecidas foi reduzido em 63%. A queda é gradativa: em 1996, foram 151 ocorrências; 94 em 1997; 83 em 1998; 74 em 1999; 55 em 2000 e 55 em 2001.
Segundo o delegado chefe do Sicride, Harry Herbert, a queda no número de crianças desaparecidas é reflexo do trabalho de prevenção e repressão aos delitos envolvendo crianças no Paraná. As denúncias mais freqüentes são de "adoção à brasileira" (quando um casal registra uma criança adotada como se fosse filha natural) e de fugas.
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Atlém do Sicride, o Ministério da Justiça pretende implantar uma central nacional de dados sobre crianças e adolescentes desaparecidos. O banco de dados será montado e alimentado em parceria com as Secretarias da Segurança dos 27 Estados. "Infelizmente não há dados oficiais sobre desaparecimento de crianças no País", diz Harry Herbert. Ele esteve em Brasília em dezembro para apresentar o trabalho do órgão a policiais e secretários da Segurança de outros estados.