O Ministério da Agricultura descartou a instalação de um corredor sanitário entre o Rio Grande do Sul e os demais Estados. Com isso, o trânsito de bovinos provenientes do Rio Grande continua proibido.
O trânsito de suínos é admitido somente de frigoríficos com Inspeção Federal (SIF), informou Felisberto Baptista coordenador da Defesa Sanitária Animal da Secretaria da Agricultura do Paraná. O trânsito de carne com osso oriunda daquele Estado também está proibido, sendo permitido somente o envio de carne bovina desossada e maturada.
A proibição foi determinada em função do surgimento de focos da febre aftosa nos municípios que fazem fronteira com o Uruguai e Argentina. O assunto foi discutido no último sábado em reunião realizada em Curitiba, na Secretaria da Agricultura do Paraná com os coordenadores da Defesa Sanitária do Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Rio Grande do Sul e os técnicos do Departamento de Defesa Animal do Ministério da Agricultura.
Leia mais:
Defesa Civil do Paraná alerta para risco de fortes tempestades de sábado até segunda
Matrículas da rede estadual do Paraná para 2025 encerram nesta sexta-feira
Motorista morre e passageiro se fere em capotamento em Pérola
Passageiro de van morre em colisão contra base de concreto em Engenheiro Beltrão
Segundo Baptista, não há condições de implantar o corredor sanitário enquanto persistir a ameaça de atividade viral da febre aftosa proveniente do Rio Grande do Sul. O problema é que a metodologia de extinção dos focos adotada naquele Estado não dá segurança que o vírus esteja sendo totalmente exterminado. Baptista declarou que não será surpresa se surgir novos animais doentes.
A desconfiança ficou clara após explanação dos técnicos gaúchos quando eles disseram que não estão matando todos os animais onde estão sendo registrados os focos de aftosa. Estão sendo sacrificados somente os animais doentes. Ocorre que existe um período de incubação do vírus de até 15 dias antes do animal apresentar sintomas da doença. Enquanto isso, mesmo com aspecto saudável o animal já infectado começa a disseminar o vírus, explicou Baptista.
O diretor do Departamento de Produção Animal do Rio Grande do Sul, Celso dos Anjos, admitiu que ainda serão necessários pelo menos 30 dias para o saneamento total dos sete focos existentes hoje. Ele também não descarta a possibilidade de surgimento de novos focos nos 25 municípios que fazem divisa com o Uruguai e Argentina.
Os técnicos da Secretaria da Agricultura iniciaram as visitas aos criadores que não vacinaram os animais contra aftosa durante a campanha de vacinação encerrada no último domingo. Quem não vacinou os animais será multado em R$ 46,00 por cabeça não vacinada. Baptista adiantou que a imunização da campanha chegou a 98,5% do rebanho.