Os empresários Paulo Pacheco Mandelli e Joarez França Costa, o Caboclinho, vão ser indiciados em inquérito policial por receptação qualificada e formação de quadrilha na modalidade de associação criminosa.
O inquérito investigou a origem dos 165 motores e 29 blocos (de motores) que foram localizados enterrados num terreno que pertencia ao prefeito eleito de Rio Branco do Sul (Região Metropolitana de Curitiba), Bento Chimelli, e estava sendo usado pela Mineradora Brascal, de propriedade do atual prefeito João Dirceu Nazzari.
Os motores foram periciados pelo Instituto de Criminalística e foi confirmada a origem ilegal das peças. Apenas os blocos e oito motores não apresentaram irregularidades. O delegado Sebastião Gaspar disse que fundamentou o inquérito com os 13 laudos dos peritos criminalistas, que montaram veículos com peças apreendidas em lojas de desmanches de Curitiba.
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"Os laudos foram claros. Ficou evidente que Mandelli e Caboclinho eram associados no submundo do desmanche de carros roubados."
Caboclinho está preso. Ele é acusado de ter mandado matar Jesael Cubas, em Rio Branco do Sul. Mandelli tem duas prisões preventivas decretadas, mas está foragido. O inquérito policial deverá sugerir que sejam quebrados os sigilos bancário, fiscal e telefônico dos indiciados.
Nenhum operário da Brascal será indiciado. Chimelli e Nazzari também não serão indiciados no inquérito policial.