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Pesquisa aponta problemas de saúde dos caminhoneiros

Redação - Folha de Londrina
30 out 2002 às 20:14

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Obesidade, alcoolismo e hipertensão arterial são os principais problemas de saúde enfrentados pelos caminhoneiros. A constatação é resultado de uma avaliação realizada em quase 4 mil motoristas que circulam pelas estradas do Paraná em direção ao Porto de Paranaguá, no litoral do Estado. O trabalho foi promovido pela Secretaria Estadual de Saúde em parceria com a Prefeitura de Paranaguá, dentro do Programa Saúde do Caminhoneiro.

No universo pesquisado, o diagnóstico é que 45,5% caminhoneiros apresentam problemas de alcoolismo; 33,2% de obesidade e 21,5% de hipertensão arterial. Outros 18,9% são fumantes e 18% admitiram que usam barbitúricos para enfrentar a rotina de trabalho. A pesquisa é assinada pelo médico Camilo Amatuzzi Filho.

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O médico avaliou 3.679 caminhoneiros entre os meses de junho e outubro deste ano. O objetivo do trabalho é diagnosticar doenças e atender aos motoristas e seus familiares com consultas médicas de clínica geral e oftalmologia, vacinas e medicação básica, além de prevenir doenças. O atendimento é feito em um ônibus adaptado que funciona de segunda à sexta-feira no pátio do Porto de Paranaguá.

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Para o presidente do Sindicato dos Caminhoneiros Autônomos do Paraná (Sindicam), Dilmar Bueno, o índice elevado da pesquisa é resultado principalmente do local em que a mesma foi realizada. ``O Porto de Paranaguá recebe profissionais de todo o Brasil em função do escoamento da safra. É um contingente diversificado``, analisa.


Ele admite que o alcoolismo é um dos problemas enfrentados pelos motoristas, mas não é uma realidade da maioria. Para Bueno, muitos motoristas utilizam bebidas e remédios para driblar a fadiga e ajudar a cumprir condições impostas pela profissão, como o horário de trabalho.

Para reduzir o índice de caminhoneiros que fazem uso do recurso -e acabam colocando em risco à saúde- a categoria espera a aprovação de uma lei que determine e fiscalize o tempo de horas na direção, evitando que o motorista passe 12 e até 24 horas no volante para cumprir o horário de entrega da carga.


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