Desde as 5 horas da manhã desta quinta-feira (3), cerca de 300 policiais militares e civis e 50 guardas municipais ocupam as ruas do Parolin, em Curitiba, com objetivo de implantar no bairro a segunda Unidade Paraná Seguro (UPS) do Estado. A primeira unidade pacificadora foi implantada no dia 1º de março, no bairro Uberaba.
A UPS é um projeto piloto do Paraná semelhante ao existente no Rio de Janeiro, com o diferencial de que, em nosso estado, não há participação do Exército, como ocorre naquele estado.
Ao contrário da instalação da primeira UPS, quando os policiais invadiram casas para cumprir mandados de busca e apreensão desta vez a ação acontece principalmente nas ruas Segundo informações da PM, só duas residências foram abordadas no início da manhã para cumprir um mandado de busca e um de prisão. Nas primeiras horas da ação, dois homens foram pegos de surpresa nas ruas e presos com um total de 45 pedras de crack. Também foram apreendidas 11 máquinas caça-níqueis que funcionavam ilegalmente em estabelecimentos da região.
O projeto da PM prevê que os 300 policiais permaneçam no Parolin por 24 horas, na chamada fase ostensiva da operação. Depois, durante um mês, 150 policiais vão permanecer na região. Após este período, 30 policias ficarão permanentemente no bairro.
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O bairro Parolin é relativamente pequeno, tem uma população de cerca de 11 mil pessoas, mas tem um dos mais altos índices de criminalidade da Capital e é um ponto de distribuição de drogas para Curitiba e região. A média de homicídios no bairro é de 80/100 mil habitantes, mais do que o dobro da média da Capital que é de 37/100 mil habitantes. Por esses motivos foi escolhido para ser a segunda UPS do Estado.
O projeto
A proposta do governo é implantar outras oito UPS em Curitiba até o final do ano, em parceria com a prefeitura, e também iniciar o projeto no interior do Estado, em locais que apresentem altas taxas criminalidade. "A UPS não é só policiamento. É uma política do Estado de ocupar localidades violentas e ofertar serviços públicos que ajudem a elevar a qualidade de vida das pessoas", explica o secretário estadual da Segurança Pública, Reinaldo de Almeida César.
Na unidade do Uberaba, o projeto prevê que 60 PMs especialmente treinados trabalhem permanentemente dentro do conceito de polícia comunitária. Cada um deles é designado para atuar em uma determinada área do bairro, pela qual é responsável pelo atendimento direto às demandas da população.
Para aproximar as forças de segurança da comunidade, os policiais percorrem as ruas e se apresentam aos moradores. Também fazem um cadastramento de famílias e do comércio, para que possam ser acionados em caso de necessidade.