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Insuficiente

População continua insatisfeita com mudanças na Saúde

Redação - Folha de Londrina
10 jul 2002 às 18:52

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Pacientes aguardam atendimento na unidade de saúde do Sítio Cercado, em Curitiba
- Mauro Frasson
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A unidade de saúde do Sítio Cercado estava lotada na tarde desta quarta-feira. Entre tantas pessoas que esperavam atendimento estava Claudete Tomazon. Aos prantos, ela se queixava de dores fortes nas costas. ''Não faz muito tempo que estou esperando, mas não aguento mais de dor e só vão me atender depois que fizerem uma pré-avaliação'', reclamava. Na fila para fazer a pré-avaliação, dezenas de outras pessoas em situação semelhante também reclamavam.

Os problemas no sistema de atendimento de saúde em Curitiba, especialmente nas unidades 24 horas, ficaram mais visíveis com a implantação do convênio de cooperação técnica entre a prefeitura e os hospitais universitários da cidade. Por este convênio, ficou definido que os hospitais seriam responsáveis por colocar médicos nos postos. A intenção dessa medida é agilizar o atendimento daqueles pacientes em estado grave.

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Porém, como um dos hospitais demorou para colocar o convênio em prática, os outros postos acabaram sobrecarregados. ''Pela característica do Hospital de Clínicas -um hospital público- houve demora no início do atendimento nas duas unidades que foram conveniadas com este hospital. Essa demora provocou um desequilíbrio no sistema'', reconhece a superintendente da Secretaria Municipal de Saúde, Ivana Busato.

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Além disso, muitos médicos teriam desistido de atender nessa unidades por causa da grande demanda e da agressividade da população. A supervisora do Distrito Sanitário do Bairro Novo, onde fica a unidade do Sítio Cercado, Edimara Seegmuller, conta que nos primeiros 30 dias do convênio 15 médicos desistiram de atender na unidade.

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Nesta quarta-feira, o Sindicato dos Trabalhadores da Saúde (Sindisaúde) foi ao Conselho Municipal pedir que o convênio fosse cancelado. O pedido não foi acolhido. Durante o encontro, o secretário municipal de Saúde, Michele Caputo Neto, criticou a mobilização dos funcionários, lembrando que em duas das cinco unidades 24 horas o convênio começou a ser cumprido nesta semana.


A superintendente da Secretaria, Ivana Busato, disse que espera ver todas as dificuldades que estão existindo resolvidas ainda esta semana, já que agora o convênio está sendo cumprido nas cinco unidades. Cada hospital recebe até R$ 90 mil por mês pelo atendimento.


*Leia mais na edição desta quinta-feira da Folha de Londrina

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