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Preso o braço-direito de Fernandinho Beira Mar

Carmem Murara - Folha do Paraná
03 jan 2001 às 09:51

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O traficante Jaime Amato Filho, um dos principais membros da quadrilha de Fernandinho Beira-Mar e que montou seu centro de operações em Curitiba, foi preso neste final de semana no Paraguai e transferido ontem para a Polícia Federal no Rio de Janeiro. Amato foi descoberto pela polícia na localidade de Capitão Bado, mas só foi detido em Assunción, depois de trocar tiros com os policiais. Até fugir para o Paraguai, Amato morou no bairro da Fazendinha, em Curitiba, de onde controlava a venda da droga que era trazida do Paraguai.

Jaime Amato ficará detido no Rio de Janeiro, porque havia mandado de prisão contra ele no estado, mas não está descartada a possibilidade de ser transferido para o Paraná. Ele tem prisão preventiva decretada pela Justiça paranaense. Amato já cumpriu três anos de pena na Penitenciária de Piraquara, entre 1993 e 1996.

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O braço-direito de Beira-Mar estava sendo monitorado nos últimos meses pela Polícia Federal brasileira e por órgãos de segurança estrangeiros como a Interpol, Secretaria Nacional Anti-drogas do Paraguai e Agência Anti-Narcóticos dos Estados Unidos. Ele estava escondido numa fazenda em Capitão Bado, onde o próprio Beira-Mar ficou durante alguns meses no ano passado. Ao ser localizado pelos policiais, a quadrilha de Amato fugiu para Assunción. Na capital, eles reagiram e um dos seguranças do grupo foi baleado e morreu. A polícia o identificou por Rodrigo.

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A polícia acredita que Amato conseguiu se esconder por 13 meses no Paraguai, desde que fugiu de Curitiba em novembro de 1999. Até então, ele morava numa casa na favela do bairro Morro do Piolho, no bairro Fazendinha. Ele foi descoberto por policiais de Curitiba que fizeram um trabalho a pedido da Delegacia de Narcóticos do Rio de Janeiro.

Na expectativa de conseguir localizar Fernandinho Beira-Mar, Amato foi monitorado passo a passo por oito meses em 1999. Ele teve seus telefones grampeados, cujas gravações identificaram dezenas de telefonemas para Beira-Mar entre março e novembro daquele ano. Nas ligações, eles combinavam como seria feito o transporte de cocaína e maconha do Paraguai para o interior de São Paulo e Rio de Janeiro. Nesta época, Beira-Mar estava escondido na fazenda de Capitão Bado, de onde teria fugido no início de 2000. A polícia suspeita que ele está escondido na Colômbia sob proteção das Forças Revolucionárias da Colômbia (Farc).


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