A reunião entre representantes das mulheres do policiais militares e a comissão do governo estadual não foi suficiente para colocar um ponto final nas reivindicações. Desde o início da semana elas estão mobilizadas nas principais cidades do Estado, e se tornaram porta-vozes das revivindicações dos maridos.
Os policiais exigem reajuste salarial e melhores condições de trabalho (pagamento de horas-extras, seguro para viaturas, mudanças nas punições, entre outros). O governo já adiantou que não tem condições de conceder aumento porque gasta com a folha de pagamentos mais do que a Lei de Responsabilidade Fiscal (LFR) permite. O teto para o Executivo é de 49% da receita líquida. No Paraná, o percentual gira em torno de 55%.
O secretário de Segurança, José Tavares, disse que alguns pontos na melhoria nas condições de trabalho serão atendidos. Será formada uma comissão composta por representantes do Palácio Iguaçu e da corporação para avaliar quais pontos poderão ser atendidos, e quais serão as prioridades. O governo e as mulheres dos PMs voltam a conversar novamente em sessenta dias.
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Além de Tavares, negociaram com as mulheres dos PMs o comandante geral da PM, Gilberto Foltran, e os secretários da Administração, Ricardo Smijtink, e da Casa Civil, Alceni Guerra. Uma das reivindicações é a alteração do Código de Vencimentos dos Policiais Militares (que funciona como uma espécie de plano de cargos e salários).
Será analisada a possibilidade de pagamento de horas-extras e outros incrementos nos salários. No entanto, os benefícios - se concedidos - seriam efetuados somente a partir do próximo ano, porque precisam estar previstos no orçamento. A mudança no código terá que passar pelo crivo da Assembléia Legislativa antes de ser implantada.
A relações-públicas da Associação das Esposas de PMs do Paraná, Maria da Conceição dos Santos, disse que terá que conversar com as bases e discutir com cada unidade se a mobilização será encerrada ou não. Ela avaliou que a reunião com a comissão do Palácio foi "produtiva".
Belair Mariano também acredita que o encontro foi positivo, mas afirmou que, se passados os sessenta dias não houver acordo, o movimento será reforçado. "Podemos recuar por enquanto, mas vamos agir com mais força e rigor", prometeu.
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