Começa a vigorar, a partir desta sexta-feira, o novo sistema de seleção do Serviço Funerário Municipal. Na prática, o que muda é apenas a forma de escolha das 21 funerárias de Curitiba, que deixa de ter uma sequência fixa - como a praticada no sistema de rodízio - e passa a ser aleatória, por meio de programa informatizado. A intenção é impedir que as empresas saibam antecipadamente de quem será a vez de prestar o serviço para evitar fraudes.
De acordo com a assessoria de comunicação da Prefeitura, o sistema baseia-se num processo matemático randômico que evita que a mesma funerária seja escolhida duas vezes. A seleção será feita no momento em que a pessoa procurar o Serviço Funerário Municipal e poderá ser acompanhada por representantes das funerárias e do sindicato que representa os estabelecimentos.
A regulamentação da escolha das funerárias, segundo a assessoria, vem sendo adotada desde 1987 para evitar a "disputa por cadáveres". A livre escolha dava margem para que as empresas assediassem familiares de mortos em hospitais e no Instituto Médico Legal para garantir a prestação do serviço.
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A CPI das funerárias apontou que, mesmo com o rodízio, os proprietários vinham burlando o sistema. As primeiras denúncias de monopólio de funerárias foram feitas pela Folha. A Câmara, por pressão de alguns vereadores, aprovou a constituição de uma CPI. A comissão no entanto, levou cerca de seis meses para ser formada por conta da campanha eleitoral e da demora de alguns partidos em indicar representantes.
A Prefeitura estima que, em média, 40 pessoas morrem em Curitiba todos os dias. Cerca de 10% dos funerais são realizados, gratuitamente, para famílias carentes. A escolha das funerárias para os enterros gratuitos também entrarão no sistema de escolha aleatória e terão uma lista à parte.
Leia mais em reportagem de andréa lombardo, na Folha do Paraná/Folha de Londrina desta sexta-feira