Suspenso pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 14 de janeiro, o júri popular que deve julgar o ex-deputado estadual Luiz Fernando Ribas Carli Filho poderá ser remarcado graças a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) publicada nesta quinta-feira (4). Antes, o julgamento estava agendado para o dia 21 de janeiro. Carli Filho é acusado de ter matado dois jovens em um acidente de trânsito em maio de 2009, em Curitiba.
Segundo o advogado Elias Mattar Assad, advogado da família Yared e assistente de acusação no processo criminal, o STJ deliberou sobre um recurso pendente da defesa do ex-deputado. "Era um pedido antigo, que estava sem resposta. Por uma questão protocolar, ele precisaria ser julgado para que o júri popular fosse realizado", explica.
Com o recurso rejeitado, a decisão do STF que suspendeu o julgamento perdeu seu objeto. Relator do habeas corpus impetrado pela defesa, o ministro Gilmar Mendes deve cessar a liminar assim que o Supremo voltar do recesso de carnaval, na tarde da próxima quarta-feira (10). "A base que sustentava tanto a decisão do STF quanto o parecer do Ministério Público Federal [MPF] caiu por terra. O júri foi suspenso porque havia essa pendência, esse recurso que ainda não havia sido julgado. Agora, não há mais impedimentos para a retomada do processo", afirma Assad.
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O advogado acredita que o júri popular seja remarcado para meados de abril ou maio. "Levamos cerca de 60 dias para preparar o júri. Assim que o juiz tomar conhecimento da decisão que aguardamos do STF, os trâmites poderão ser retomados", diz.
A reportagem tentou contato com o advogado de Carli Filho, René Dotti, mas não obteve contato.
O caso
Carli Filho é acusado de matar Gilmar Rafael Souza Yared e Carlos Murilo de Almeida em um acidente de trânsito em maio de 2009, no Mossunguê, em Curitiba. Segundo o Ministério Público, ele dirigia embriagado e a 173 km/hora. Na ocasião, o Detran informou que o ex-deputado tinha 130 pontos na carteira de habilitação por infrações de trânsito.