A tarifa de ônibus em Curitiba fica mais barata a partir desta terça-feira.
Cai de R$ 1,70 para R$ 1,65. O anúncio foi feito na segunda, pela presidente da Companhia de Urbanização de Curitiba (Urbs), Yára Eisenbach.
Segundo ela, a redução acontecerá em função da queda de 10,65% no preço do óleo diesel, ocorrido nos últimos meses.
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A linha circular centro também terá redução, passando de R$ 0,80 para R$ 0,75.
Segundo a Prefeitura de Curitiba, esta é a primeira vez que a tarifa de ônibus tem queda de preço.
''E toda vez que um dos itens que fazem parte da planilha de cálculo da tarifa sofrer uma alteração para mais ou para menos, este valor será estudado e, quando necessário, o impacto será transferido para a tarifa'', disse Yára.
As divergências políticas entre o governo do Estado e a Prefeitura de Curitiba fizeram com que o convênio existente para o gerenciamento do sistema de transporte coletivo fosse rompido na segunda-feira.
A Urbs, órgão municipal, defende que a tarifa seja de R$ 1,70.
A Coordenação da Região Metropolitana (Comec), órgão estadual, quer a tarifa em R$ 1,50. A briga sobre o valor das tarifas começou em fevereiro e foi a responsável pelo rompimento.
A princípio, o usuário não deve sentir a diferença. Os moradores dos municípios da Região Metropolitana continuarão embarcando em suas cidades, pagando R$ 1,50 e podendo utilizar os ônibus que circulam por Curitiba, que funcionam de forma integrada.
Para voltar às suas cidades de origem, os passageiros pagarão a tarifa urbana, que hoje ainda será R$ 1,70.
O secretário de Estado de Assuntos da Região Metropolitana, Edson Strapasson, afirma que, para justificar a tarifa em R$ 1,70 a Urbs utilizou dados superfaturados. Ele citou como exemplo do litro do óleo diesel.
Apesar das empresas que fazem o transporte estarem comprando o combustível por R$ 1,30, a Urbs, segundo ele, vinha remunerando essas mesmas empresas com R$ 1,38 por litro.
O presidente da Comec, Alcidino Bittencourt Pereira, disse que a diferença de R$ 0,08 por litro representaria, ao final de um ano, um custo adicional de R$ 1,2 milhão ao sistema.
Pereira também questionou os dados apresentados pela Urbs sobre o número de usuários do sistema. De março para maio deste ano, houve uma redução de mais de um milhão de passageiros, informou a Comec.
"A Urbs calibra os números conforme sua necessidade, para chegar a um valor de tarifa'', acusou Pereira.
Procurado pela reportagem, a Urbs não quis se pronunciar sobre as acusações.
Na sexta-feira a Urbs tinha apresentado dados que considerava inconsistentes na planilha de custos utilizada pela Comec.
Entre esses dados estão o cálculo de depreciação de veículos (a Comec utilizava o mesmo cálculo, independente do tipo de veículo), e a ausência de benefícios para os motoristas das empresas, como pagamento de anuênio e cesta básica.
Ainda não há uma data definida para o fim do gerenciamento integrado.