O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) do Paraná, que conta com 61 Varas do Trabalho, comemora seus 25 anos com vários problemas como déficit de pessoal e participação reduzida no orçamento federal. E o quadro não tem perspectiva de melhora nos próximos meses.
A juíza Adriana Nucci Paes Cruz, presidente do TRT desde janeiro de 1999, disse que as necessidades são urgentes para a agilização de processos, que demoram cerca de 11 meses para receberem um parecer.
Apesar da urgência no Estado, o ministro Almir Pazzianotto, presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST) não acredita que tenha possibilidades de mudança do quadro nos próximos meses. De acordo com ele, o Paraná é um estado privilegiado. "O Estado é próspero, tem um litoral bem desenvolvido, um acelerado crescimento industrial. A inserção do TRT correspondeu à necessidade trabalhista aqui", afirmou ele.
Leia mais:
Do CEEBJA à universidade: idosos de Londrina comemoram vaga no ensino superior
Defesa Civil do Paraná alerta para risco de fortes tempestades de sábado até segunda
Matrículas da rede estadual do Paraná para 2025 encerram nesta sexta-feira
Motorista morre e passageiro se fere em capotamento em Pérola
O ministro disse que as reclamações trabalhistas são feitas em todo o Brasil. "Não posso ajudar um estado em detrimento do outro. A participação do TST neste contexto é muito reservada. Meu mandato vai até o início do ano que vem e os problemas não vão acabar. Eles vão continuar", analisou.
"Temos que agora pensar em melhorar a tramitação dos projetos, mas tentando resolver mais da metade dos problemas nas juntas conciliatórias", disse o ministro, criticando as entidades sindicais.
Pazzianotto se disse a favor da desregulamentação das profissões. "Que contribuição para o desenvolvimento da sociedade traz a regulamentação da profissão de fotógrafo? Acho que é mais uma tentativa de se fechar o mercado", analisou. Para ele, apenas profissões de repercussão no Brasil - como a Medicina, o Direito e o futebol - deveriam ser regulamentadas.